O Atlético defende com
Hernani fechando o setor esquerdo, Foguinho marca Alex, Elivelton pega David na
sua volta para buscar jogo. As marcações podem se alternar, gostei, nota 10
para o Prof. Berna. Mesmo marcando forte, mais defesa do que ataque, o Furacão
chega à frente com perigo, tem presença ofensiva, melhor do que eu esperava.
Continuo gostando.
Ali pelos quinze o coxa
avança a defesa e começa a incomodar. O Atlético está mobilizado, marca firme,
próximo, dois a três jogadores sobre o condutor da bola e contra-ataca. O jogo
está nesse vaivém quando Héracles toca a Hernani pela esquerda, recebe dentro
da área, cruza, Crislan fura, mas Edigar Junio finaliza rasteiro, bola na rede,
torcida em delírio.
O time das alfaces
aperta, força pela esquerda com sucesso, vai conseguindo faltas, entra na área
no toque-toque. Escudero cabeceia para fora na cara do gol; Rafinha entra livre
e Santos salva no chão; Rafinha cruza, David cabeceia mal; novo cruzamento,
David faz o pivô aéreo para Alex perder gol feito.
O meu sangue doce só não
amarga por que o Furacão é uma intensidade só, ataca, consegue faltas, dá
trabalho ao goleiro coxa. Passados 30 minutos, o Prof. Berna desloca Hernani
para a direita, junta ele a Elivélton para acabar a festa coxa, tava na hora de
fechar aquela avenida.
O tempo vai terminando,
Alex está bloqueado, o coxa vive de cruzamentos altos, num desses três coxas
impedidos, o assistente manda seguir, a menina despenca escada abaixo, agarra-se
no alambrado furiosa e manda “abre o olho bandeira”. Vamos para o picolé, o
time é máquina mortífera.
O segunda fase segue na
mesma toada, o Coritiba no ataque, agora tentando os chutes de meia distância,
todos aparados pelo ótimo Santos. Aos oito, Crislan parte no contra-ataque e
perde no lance final. Aos onze, Edigar toca a Zezinho mo meio campo, o meia
lança Hernani livre pela direita, o menino cruza para Edigar finalizar de carrinho,
a bola explode na trave e volta na cabeça de Zezinho que marca o segundo. É um
sonho. Como no primeiro gol, a jogada é belíssima.
Agora o coxa vai ter que
apressar o jogo, vai ficar mais fácil. Alex sem função no ataque volta para
buscar jogo na intermediária defensiva, perseguido por Edigar. Aos 25, Hernani
deu um “já vai” no turco cabeçudo que caiu do salto, fez falta grosseira. O
Alviverde não assusta no ataque e toma contragolpes em sequência, as chances
perdidas no último drible.
Aos 29, o péssimo
Escudeiro tenta o drible sobre Crislan, perde, o Neymar do Piauí arranca e
transforma o placar em goleada. Saio do alambrado e vou abraçar a esposa no
terceiro degrau, o terceiro abraço para a santa que me segue em toda parte. “Um, dois, três! É Sub-23!”
Saí mais cedo, não vi o
gol de Alex, nem precisava, nem queria ver. Voltei a camelar pelas ruas do
Boquera, pensando nos destaques do jogo, hoje é dia de contar a história, os
heróis ficam para amanhã. Ontem listei meus Atletibas inesquecíveis, a
lista aumentou. O chocolate suíço recheado com momentos de olé que os meninos
nos deram de presente entrou para ficar.
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