sábado, 27 de abril de 2013

DENTRO DE CASA

Nesta semana o futebol toque-toque espanhol tomou duas sapatadas da objetividade alemã que obrigam a repensar o futebol. É neste cenário em modificação que o Atlético joga hoje contra o Joinville no CT do Caju já sabendo quem irá enfrentar na sequência da Copa do Brasil. É o América de Natal do técnico Bob Fernandes, aquele com breve passagem pelo Rubro-Negro no ano das sombras de 2011.

O Dragão garantiu a passagem da 1ª fase, que não conseguia desde 2007, ganhando as duas partidas do Ji-Paraná de Rondônia, as duas pelo placar mínimo, a segunda com gol do Sub-23 Tiago Adan em rebote de penalidade batida na trave pelo nosso velho conhecido Netinho.

Invicto a quinze partidas, liderando com folga a Copa Cidade de Natal, o time vem sofrendo com a falta de gols. No jogo em Goianinha, o gol maracujá só foi acontecer aos 39 do segundo tempo, mesmo a equipe tendo efetivo controle da partida durante os 90 minutos.

Em 2012, Atlético e América se encontraram duas vezes pela Série B. A primeira no Nazarenão, com vitória rubro-negra por 2 a 0, dois gols de Marcão, na estréia da dupla sertaneja Nhô Drub e Zé Alberto no comando da equipe. No Janguito, a quatro rodadas do final do campeonato, precisando uma barbaridade, o empate de 1 a 1 jogou água fria no torcedor eufórico logo após a grande vitória contra o São Caetano no Anacleto Campanella.

O primeiro jogo marcado para 9 de maio colocará frente a frente dois técnicos com alguma permanência na direção de suas equipes e duas equipes muito diferentes no aspecto patrimonial, o que pouco significa em se tratando de futebol, menos ainda quando o assunto é Copa do Brasil.

O amigo deve ter estranhado ao ler que o Atlético joga hoje contra o Joinville, o mais correto seria o Atlético treina contra o time da Manchester catarinense. Fui traído pela vontade.

Gostaria que o Atlético fizesse realmente um jogo nesta manhã de sábado, intenso, com no máximo três substituições, tentasse transformar os meses de treinamento em dinâmica produtiva, na vertical do ataque, dando trabalho efetivo ao arqueiro barriga-verde.

O Furacão toque-toque que controla o jogo, tem permanência no ataque, mas não finaliza, apresenta a mesma dificuldade do adversário potiguar, a falta de gols que torna qualquer pelada uma incerteza, maltrata o coração do fanático torcedor.

O estudioso Nhô Drub, por certo ainda em choque com a força alemã, tem que exigir eficiência ofensiva, movimentação, criação de chances de gol, a materialização dessas chances. Rateou o motor, trocam-se as peças. O treinamento tem que imitar o combate em todos os detalhes. Depois da brilhante partida dos meninos, imitar parece ser a palavra chave. Felizmente, o exemplo mora dentro de casa.

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