quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MUITO MELHOR

De vez em quando ficamos conhecendo alguns termos novos no futebol. O Claudinei, por exemplo, gosta de um tal “propor o jogo”. Na partida de ontem descobrimos que existe a proposta de jogo positiva e a negativa. O Atlético optou pela segunda, defendeu-se o tempo todo e venceu.
Foram noventa minutos atrás da linha do meio de campo, três contra-ataques, um gol salvador. Para quem gosta de resultados, de números, como eu, nada a reclamar. Três pontos na conta, uma finalização e um contra-ataque de Marcos Guilherme em 30 minutos, muito mais do que fez o ano todo. É isso aí piá. Dava para parar por aqui.
Vou me estender um pouco mais. O amigo sabe que sou um prolixo. A vitória do Atlético foi um castigo para o Tigre. Teve quase 70% de posse de bola, mais de dez cruzamentos da direita no primeiro tempo, mais de dez pela esquerda no segundo. Trocou de lado, chutou de fora, fez chover na área rubro-negra, foi colocando atacantes no jogo e não conseguiu marcar. Fez o que tinha que fazer e não teve sucesso.
O que me intriga na atuação rubro-negra? A ausência do contra-ataque que matou o Flamengo no domingo. E por quê? Simplesmente por que não conseguimos desarmar. As jogadas do Criciúma invariavelmente acabaram dentro da área do Atlético, as situações de perigo sempre presentes. Andamos para tomar o gol logo aos dois do primeiro.
Alguém vai dizer que esta é a proposta de jogo do Furacão para partidas fora de casa. Eu não gosto. Jogar com as duas linhas quase dentro da grande área noventa minutos é um convite a tomar gol. Jogar com os três atacantes que o Atlético tem, sem conseguir contra-atacar com maior frequência é liberar volantes e laterais adversários para o ataque. Ontem deu certo e eu estou louco de feliz. Estou resmungando por que sou chato mesmo, acho que pode ser muito melhor.

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