De vez em quando ficamos
conhecendo alguns termos novos no futebol. O Claudinei, por exemplo, gosta de
um tal “propor o jogo”. Na partida de ontem descobrimos que existe a proposta
de jogo positiva e a negativa. O Atlético optou pela segunda, defendeu-se o
tempo todo e venceu.
Foram noventa minutos
atrás da linha do meio de campo, três contra-ataques, um gol salvador. Para
quem gosta de resultados, de números, como eu, nada a reclamar. Três pontos na
conta, uma finalização e um contra-ataque de Marcos Guilherme em 30 minutos,
muito mais do que fez o ano todo. É isso aí piá. Dava para parar por aqui.
Vou me estender um pouco
mais. O amigo sabe que sou um prolixo. A vitória do Atlético foi um castigo para
o Tigre. Teve quase 70% de posse de bola, mais de dez cruzamentos da direita no
primeiro tempo, mais de dez pela esquerda no segundo. Trocou de lado, chutou de
fora, fez chover na área rubro-negra, foi colocando atacantes no jogo e não
conseguiu marcar. Fez o que tinha que fazer e não teve sucesso.
O que me intriga na
atuação rubro-negra? A ausência do contra-ataque que matou o Flamengo no
domingo. E por quê? Simplesmente por que não conseguimos desarmar. As jogadas
do Criciúma invariavelmente acabaram dentro da área do Atlético, as situações
de perigo sempre presentes. Andamos para tomar o gol logo aos dois do primeiro.
Alguém vai dizer que
esta é a proposta de jogo do Furacão para partidas fora de casa. Eu não gosto. Jogar
com as duas linhas quase dentro da grande área noventa minutos é um convite a
tomar gol. Jogar com os três atacantes que o Atlético tem, sem conseguir
contra-atacar com maior frequência é liberar volantes e laterais adversários
para o ataque. Ontem deu certo e eu estou louco de feliz. Estou resmungando por
que sou chato mesmo, acho que pode ser muito melhor.
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