O Atlético andou
contratando uns meninos nos últimos dias. Os garotos vem passar a primavera em
Curitiba, conhecer a cidade, o CT bacana, depois voltam para seus clubes de
origem, vão contar para as famílias do frio, das estações tubo, essas coisas
que fazem parte do nosso dia a dia. Só por milagre um deles será utilizado com
sucesso no Furacão.
Somos um laboratório
onde ao final de tudo se poderá chegar ao resultado da soma de múltiplas
inexperiências, inexperiências talentosas, mas que reunidas até agora não
conseguiram criar, produzir em ambiente de cobras velhas e matreiras. Uma ótima
tese de mestrado.
Claudinei já fez todas
as experiências com os meninos. Nenhuma funcionou. Perdendo, nenhuma de suas
substituições mudou o cenário de derrota. Penso que o treinador está mal
acostumado com o Santos, onde sempre tem uns dois ou três experientes com boca
para falar, orientar, pedir a bola e sair para o jogo carregando pelo exemplo.
Para quem vê de fora, o
Atlético é um time sem lideranças. Inexiste liderança técnica reconhecida, o
craque, liderança física, o xerife, liderança de cabelos brancos, o armador
rodado, liderança espontânea, um menino valente. O time vai bem enquanto venta
a favor, ventou contra perde o norte, fica à deriva.
Salvo Weverton, os mais
maduros parecem não ter boca para nada. Sem liderança, sem puxão de orelha, sem
faísca, o time não pega fogo. Alguém precisa dizer “Marcelo ou joga, ou sai
fora”, “Marquinhos para de correr feito um coelho e faz uma assistência”, “dá
pra mim que eu resolvo”.
Alguém tem que fazer
cara feia nesse time, transformar esse time doente em time de briga. O Brasil
acordou, é tempo de virada, é só do que se fala, vamos lá Furacão, engata na
onda, vai à luta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário