terça-feira, 7 de outubro de 2014

VAI À LUTA

O Atlético andou contratando uns meninos nos últimos dias. Os garotos vem passar a primavera em Curitiba, conhecer a cidade, o CT bacana, depois voltam para seus clubes de origem, vão contar para as famílias do frio, das estações tubo, essas coisas que fazem parte do nosso dia a dia. Só por milagre um deles será utilizado com sucesso no Furacão.
Somos um laboratório onde ao final de tudo se poderá chegar ao resultado da soma de múltiplas inexperiências, inexperiências talentosas, mas que reunidas até agora não conseguiram criar, produzir em ambiente de cobras velhas e matreiras. Uma ótima tese de mestrado.
Claudinei já fez todas as experiências com os meninos. Nenhuma funcionou. Perdendo, nenhuma de suas substituições mudou o cenário de derrota. Penso que o treinador está mal acostumado com o Santos, onde sempre tem uns dois ou três experientes com boca para falar, orientar, pedir a bola e sair para o jogo carregando pelo exemplo.
Para quem vê de fora, o Atlético é um time sem lideranças. Inexiste liderança técnica reconhecida, o craque, liderança física, o xerife, liderança de cabelos brancos, o armador rodado, liderança espontânea, um menino valente. O time vai bem enquanto venta a favor, ventou contra perde o norte, fica à deriva.
Salvo Weverton, os mais maduros parecem não ter boca para nada. Sem liderança, sem puxão de orelha, sem faísca, o time não pega fogo. Alguém precisa dizer “Marcelo ou joga, ou sai fora”, “Marquinhos para de correr feito um coelho e faz uma assistência”, “dá pra mim que eu resolvo”.
Alguém tem que fazer cara feia nesse time, transformar esse time doente em time de briga. O Brasil acordou, é tempo de virada, é só do que se fala, vamos lá Furacão, engata na onda, vai à luta.

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