Nas durezas da segunda
divisão, presenciei no Himalaia, aquela arquibancada de dar medo do Ecoestádio,
a torcida pegar no pé de um rapaz que estava de camisa verde, obrigá-lo a tirar
a peça, prova cabal do atraso civilizatório de alguns de nossos companheiros de
estrada. Acho isso inconcebível.
Agora foi com idoso,
salvo pelo Weverton que lhe emprestou uma camisa de treino. Até quando vamos
conviver com essa ignorância, com essa gente que se julga no direito de
legislar sobre cor de camisa, impedir que um sócio possa assistir ao jogo
vestido como bem desejar. Nem por brincadeira. Um absurdo.
A torcida do Atlético
não pode ser vítima dessa tralha que vai a campo para fazer bobagem, criar
problemas para torcedor já com idade, manchar a história do clube.
De que adianta avançar
materialmente se mentalmente continuamos nas cavernas. Pior, não era assim. Esses
cavernícolas apareceram nos últimos anos, brotaram de algum lixo alimentado
pela impunidade, pela péssima educação, pelo direito a tudo que termina por
agredir o direito do outro.
Weverton fez o seu
papel. Como representante do clube salvou o torcedor. Parabéns Weverton. A
instituição Atlético deveria usar seus seguranças para afastar os agressores da
Arena, tirar deles a carteira de sócio. Estou exagerando? Nem um pouco. É assim
que começa. Hoje é com o idoso, amanhã é com a mocinha, depois com a criança.
Pilantra é pilantra. Se você deixa ele se criar, ele acaba te mordendo.
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