Tá mais feliz irmão
rubro-negro? Trinta e sete pontos, um salto de quatro posições na tabela, tem
que estar. Respire fundo irmão, para usar uma expressão de Vanderlei
Luxemburgo, saímos da “zona da confusão”. O nosso querido Urubu, freguês de
caderno de longa data nos ajudou muito.
Agora é fácil dizer, mas
quando o Fla marcou aos sete minutos, vi a viola em cacos. O amigo sabe que
assisti a Flamengo e Cruzeiro e fiquei bem impressionado com a força da defesa
carioca. Imaginei jogo duríssimo, o Urubu sorrateiro defendendo e nos matando
no contra-ataque.
A virada que eu pensava
difícil veio ainda no primeiro tempo. Marcelo pela esquerda enfiou bola para
Dellatorre, o artilheiro do gol bonito cortou o zagueiro, bateu, Chicão salvou
sobre a linha, Cléo encostou para a rede. Marcelo entrou na área feito bala, o
xará do papa-léguas deu-lhe um trambolhão, pênalti. Cléo bateu, 45 minutos,
Furacão na frente. Vamos falar de números, Cléo fez dois, Marcelo disse presente
nos dois.
O segundo tempo foi
inteiro do Furacão. Uma superioridade tão absoluta que aos doze minutos
Luxemburgo trocou três de uma vez, sem qualquer resposta positiva. Ficou claro
que o Atlético só sofreria o empate por um descuido ou azar tremendo. Nem um,
nem outro. O Urubu estava completamente dominado, foi escaldado, depenado e
frito sem piedade.
Em campo molhado, chuva
os 90 minutos, fora o gol sofrido em cobrança de lateral, o Atlético foi
coletivamente muito eficiente, o desarme funcionou e no mínimo quatro boas
chances de gol foram perdidas no segundo tempo. A torcida gritou “o Furacão
voltou” e é verdade. O time envelheceu, ganhou experiência, hoje só temos
Natanael de menino, ganhou rapidez, passou a marcar com proximidade, o torcedor
adorou.
Eu enxerguei uns três
destaques, mas não vou nem dizer, vou exaltar o coletivo, finalmente o bom
futebol. O torcedor que queria time já consegue ver luz no fim do túnel. Antes
tarde do que nunca.
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