Claudinei resistiu, foi
empurrado pelo povo rubro-negro, mudou e venceu. Quando as coisas não vão bem,
insistir no dispositivo estagnado é irresponsabilidade inequívoca, algo
impossível para aqueles que conseguem enxergar um pouco mais, tem compromisso
com o clube. O grito da galera sustentou a decisão do treinador.
O Atlético fez um bom
primeiro tempo. Entendeu a necessidade de atacar, avançou os laterais, deu
liberdade a Marcelo, o papa-léguas foi à luta, incomodou, fez o que jogador do
seu nível tem que fazer, colocar o time nas costas e lutar. Bady e Cléo
ajudaram, o Furacão teve chances, mandou uma na trave, foi pouco incomodado na
defesa. O zero a zero não servia, o placar imóvel implorava pela velocidade de
Dellatorre.
E ele veio com tudo. No
seu primeiro momento na partida aproveitou cruzamento de Sueliton e marcou.
Eram 6 minutos. A vitória crucial para os destinos do Furacão estava
encaminhada. Ganhou força aos 24 com Bady finalizando o cruzamento de Marcelo e
definida aos 46 com o golaço de Dellatorre, recebendo de Cléo, cortando o
zagueiro e colocando na gaveta de fora da área. O time que não marcava fez 3 em
46 minutos.
É óbvio que a entrada do
“Della” foi determinante. Vertical, veloz, finalização precisa, o atacante só
pode estar fora deste time em caso de contusão. Marcelo voltou a ser o jogador
impetuoso de 2013, procurando espaços, pedindo a bola, assistindo os
companheiros. Bady foi importante na armação, marcou. Cléo como pivô deu uns
dois passes para gol, pelo lado serviu Dellatorre no golaço que fechou a
partida.
Claudinei está muito
perto do time ideal. Está na hora, a tropa da retaguarda está chegando, a luz
vermelha do desastre está próxima. A mudança que nos levou à vitória foi doída,
necessária, inadiável. Tinha que ser feita, pelo bem do clube.
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