terça-feira, 28 de outubro de 2014

O VENTO DA BARBÁRIE

Atlético e Coritiba foram salvos da perda de mando de campo pelos malfeitos das duas torcidas no último Atletiba, o que seria desastroso para ambas as equipes. Definitivamente, o clássico tornou-se um espetáculo para torcida única.
Não dá mais para arriscar. É impossível que todo o esforço de diretorias seja colocado em risco por delinquentes que se mobilizam para criar problemas, sabendo que esses problemas poderão trazer consequências graves para seus clubes. Impossível ter boa fé, acreditar que esses fatos não mais acontecerão.
Imagine o amigo se o Coritiba, no bico do corvo, perde quatro mandos de campo nessa reta final do Brasileiro. Mesmo que sua torcida saísse em massa para acompanhar o time do seu Virso, nunca teria a mesma força exercida no Couto Pereira. Era adeus tia Chica.
Imagine o atleticano depois de passar o ano peregrinando pelo Brasil, agora que conseguiu voltar para casa, ter que retornar à estrada, ao desconforto dos ônibus, dos estádios acanhados, na importante hora da decisão. O dano causado sobre as já minguadas associações.
No Brasil varonil, o mal está disseminado, vencendo em todas as frentes. No Brasil favela, entre a polícia e o traficante, o povo está ficando com o traficante. Os idiotas estão à solta, obrigando às cercas elétricas, às farpas dos arames, ao inacreditável afastamento dos campos de futebol. Eu que vi Atletibas com o treme-treme dividido afirmo a vocês: era lindo demais. Ficou no tempo, foi levado pelo vento, o vento da barbárie.

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