Tem coisas que você só aprende depois
de levar muito cacete. Você imagina saber tudo, não dá o devido valor a
determinados aspectos, supervaloriza momentos em que a sorte fala mais alto,
alicerça seu procedimento fora da realidade e vai aos solavancos, nadando em
mar de altos e baixos, até um dia a luz clarear teu horizonte.
Autuori é a luz no horizonte
rubro-negro. Por muito tempo vivemos da inexperiência, de nomes improváveis,
sabe-se lá onde encontrados, nada a ver com a dimensão que pouco a pouco o
Atlético foi tomando, fruto quem sabe do contingenciamento econômico, no meu
pensar de premissa equivocada, que ganhou permanência, foi ficando, até o “rei
leão” aportar no cajueiro.
Elogiado por todos, o time com elenco
minúsculo e em desfazimento está no G4, já ganhou o Paranaense e foi finalista
da Primeira Liga, prossegue na Copa do Brasil. Quer mais? O comando de Autuori
é, sem sombra de dúvida, a causa de tanto sucesso. Jogadores carregados de
deficiências aprenderam a se posicionar, melhoraram tecnicamente, são novidades
festejadas, tudo graças ao trabalho diário do treinador. Eles próprios o
elogiam. Autuori é ponto positivo de inflexão na vida rubro-negra.
É assim que funciona. Mais adiante
teremos os grandes craques, a convivência tranquila entre diretores e
torcedores, o Atlético com que todos sonhamos, o time a ocupar o espaço aberto
pela falência dos grandes clubes brasileiros. Demora, mas acontece. Quem viver
verá.
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