Amigos de sofrimento, não tenho boas notícias. O nosso Furacão de
2013, que virou um tornadinho em 2014, agora é uma tempestade tropical que não
assusta nem time chinês. Só para que o irmão possa sentir a temperatura do time
atual, no jogo em que o Atlético perdeu de 2 a 0 para um certo Benfica Luanda,
seu Claudinei sentiu falta de Paulinho Dias. “Vige!”
Observada a penúria do elenco rubro-negro, o sentimento do
treinador tem tudo para ser verdadeiro. As contratações até agora apresentadas
são de time caído para a segunda divisão com graves problemas de caixa, que tenta
se reforçar fazendo apostas, trocando figurinhas com irmãos de bom coração.
Acabo de assistir Guangzhou 2, Atlético 1. Aí vem o pior da
história. Perdemos a noção da realidade, nos achamos a baguete da padaria,
tentamos jogar no ataque e vamos tomando gols com falhas bisonhas da defesa.
Claudinei tem que imediatamente colocar os pés no chão, voltar a jogar por uma
bola, defender e atacar quando possível, é o que dá para fazer.
Para que o amigo vá preparando seu coração, vou lhe dizer que aos
76 minutos, para salvar a lavoura, seu Claudinei trocou Bady por Felipe, o
clássico seis por meia dúzia. Releio meu texto e fico com a ideia de que para
quem anda trocando Guerron por Rincon é muita certeza, deve haver uma saída.
Mesmo assim, olho para a mala ainda meio feita, meio desfeita, e penso: Melhor
voltar para a praia.
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