sábado, 1 de outubro de 2011

TE VEJO NA ARENA

Estou aqui de cara para a baía norte na bela ilha de Florianópolis. Resolvi tirar uns dias, passear pelo interior catarinense, onde encontrei a agradável Pomerode e a infraestrutura viária precária, um insulto aos milhões de reais pagos em impostos pela florescente indústria do vale o Itajaí. Como nossos governos podem ser tão incompetentes, retribuir o trabalho com lombadas, picadas cobertas de asfalto, velocidades máximas dignas das bigas de Ramsés I.

Voltemos ao meu Atlético.

O amigo já se sentiu confiante para uma partida muito difícil, com uma estranha sensação de que vai dar, mesmo não tendo nada de excepcional para justificar seu estranho otimismo?

Pois amigo, é assim que eu me sinto para o jogo contra o Internacional.

Busco fragilidades no colorado que emprestem razão ao meu sentimento positivo e encontro no afastamento de Andrezinho o único pilar de sustentação.

Andrezinho ataca pelos dois lados do campo, ajuda na defesa, bate faltas e escanteios. É falta sentida, sua saída pesa no rendimento da equipe. O jovem Delatorre que o substitui não tem a mesma presença em tantos espaços do  campo, mas é um segundo atacante de qualidade. Contra o Galo, entrou, foi jogar pela direita e conseguiu duas boas finalizações.

Kléber o lateral esquerdo da seleção do Mano, aquele do chicletinho, segundo gaúcho velho mais colorado que o saci, foi um azar do Atlético o cartão amarelo que o afastou da partida de domingo. Fabrício, seu substituto contra o genérico mineiro, entrou e marcou no primeiro lance de que participou.

Não podemos esquecer a contusão de Damião que colocou o ex-corinthiano Jô no comando do ataque gaúcho. Impossível comparar.

Com essas saídas e possíveis entradas, o Inter é aquele time de marcação, com Bolatti e Guiñazu na frente da zaga distribuindo carícias, cartões de visita para os afagos de Juan e Bolívar.

A armação fica por conta de D'Alessandro, o dono do time, e seu fiel escudeiro Oscar, sempre próximo, fazendo dupla com o argentino. O gringo vem buscar, puxa contra-ataque, lança longo com perfeição. Canhoto, gosta de jogar pela direita, investindo pelo lado da área para cruzar, ou pelo meio para bater de fora. Tem que marcar, com cobertura.

Oscar já fez nove gols no campeonato. No jogo em Porto Alegre, nos matou com um chute de fora colocado. É outro que merece atenção.

Do Atlético pouco sei, as informações da imprensa deixam dúvidas quanto à escalação. Vejo entretanto um número maior de jogadores com capacidade de jogar no ataque chamados a treinar no time de cima. Fala-se em três atacantes, na volta de Marcinho, essa sim uma ótima notícia.

Sei que estou confiante. Deve ser o ar marinho, a possibilidade de comer uma bela sequência de camarão no almoço de hoje. Tudo conduz ao meu calmo retorno e à vitória amanhã. Te vejo na Arena.

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