sábado, 8 de outubro de 2011

SONHE COM OS ANJOS

O técnico Toninho Cecílio está fazendo preleções diárias, a psicóloga está de agasalho no meio do campo, o Avaí encara a partida contra o Rubro-Negro como a última batalha, vai buscar no exemplo do Fluminense de anos atrás a motivação para ganhar e deixar de sofrer.
O técnico fechou o treinamento para a imprensa, a escalação só sai minutos antes da partida. Fora indefinições quanto aos nomes dos substitutos de Robinho e Willian, fica a dúvida com relação ao esquema de jogo a utilizar.
Contra o Bahia, Cecílio usou um 352 flexível, com o volante Bruno fazendo em determinados momentos o zagueiro pela direita, Dirceu o líbero e Jean o zagueiro pela esquerda. Quase deu certo. Perdendo de um a zero ao findar do primeiro tempo, o Avaí entrou e virou em poucos minutos. Lá pelos trinta, quando o jogo parecia controlado, também em poucos minutos, sofreu a revirada e perdeu. Parece que o Bahia gosta de se virar nos trinta.
Agora Bruno está machucado e é dúvida. Se não jogar, creio que Acleison possa fazer a função, ao lado de Junior Urso. Até aí morreu Neves.
Fato é que Cecílio, para ganhar, vai ter que atacar, soltar os laterais Daniel e Fernandinho, forçar a subida de Pedro Ken pela esquerda e liberar Lincoln para armar por todo o ataque. O ex-coxa foi muito eficiente contra o Bahia. Armou jogadas, forçou o lance individual, entrou na área, fez até gol. É o jogador mais intenso da equipe.
Lincoln, deserdado por Felipão no Palmeiras, foi tentar a sorte na Ressacada. Tem um futebol comum, merecedor da marcação atenta, não dá para bobear, mas longe de um D’Alessandro que tanto nos incomodou domingo passado.
O ataque saiu do banco, aqueceu e foi escalado. Rafael Coelho brilhou no Figueirense, apagou no Vasco, e luta pela posição no Avaí. É o clareou, pateia, como diria um amigo velho. Leandrinho, se for ele a entrar em campo, é armador de vinte e seis anos, campeão pelo Porto de Portugal em 2007-2008 e campeão com a seleção brasileira sub-20 em 2007. Nunca vi jogar. Vai ser difícil ter a mesma movimentação de Robinho.
Se o nome do jogo não fosse futebol, diria que o Atlético tem grandes chances de ganhar.
Finalmente jogaremos contra time em situação pior que a nossa, com desfalques importantes. Finamente, o fator emocional nos é favorável.
Em uma hora todos os ingressos para a partida foram vendidos, a caravana rubro-negra está pronta para ganhar a estrada, quase mil e trezentos atleticanos para almoçar na lagoa da Conceição. O Avaí tem uma média de seis mil torcedores por partida, mas colocou os ingressos a R$ 20,00 em todos os setores, quer a casa cheia. Mesmo assim, penso que o nosso grito será preponderante.
A chance é boa. Lopes vai sonhar e, dependendo do sonho, escalar o lateral-esquerdo. Está na dúvida entre Héracles e Bruno Costa, entre atacar e defender. O delegado sabe que o avanço de Pedro Ken e de Fernandinho deixa um belo espaço a ser explorado pela direita do nosso ataque. Vai precisar de alguém que chegue à frente pela esquerda para a virada de jogo. Baier? Héracles?  Quem sabe?
Para o bem do Atlético, senhor delegado, sonhe com os anjos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário