segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A ORIGEM DO NOSSO CAOS

O Atlético empatou. Agora é entender o Paranaense. E esse entendimento diz que o Coritiba é campeão do primeiro turno, salvo um desastre coxa, muito difícil de acontecer. No ano que passou, perdido o turno na primeira partida, o Atlético correu atrás, forçou jogadores, dinamitou a pré-temporada e, como não podia deixar de ser, perdeu o turno, o campeonato e o rumo para o restante do ano. Não se pode repetir o erro.
Então, que tudo continue como está. Don Juan testando jogadores, o entrosamento ganhando corpo, os corpos atingindo o melhor de suas performances. O segundo turno será nova chance para a conquista do campeonato. Então, até lá, vamos com calma.
O jogo de ontem trouxe de volta o fantasma de 2011. A partida, que estava ganha, desandou e o empate acabou sendo bom resultado. Podia ter sido pior.
Na primeira etapa a torcida local reconheceu a superioridade do Atlético e só não foi para casa por que o ingresso já estava pago. Muito superior, o rubro-negro foi perfeito na saída de bola, na troca de passes, no controle do jogo.
Deivid e Foguinho foram eficientes no desarme e bem municiaram o ataque. As contribuições defensivas de Ricardinho e Bruno Furlan anularam as jogadas laterais do Cianorte. Para segurar os rubro-negros, os defensores adversários cansaram de fazer faltas próximas da área, origem do primeiro gol atleticano. Harrison foi o melhor, participação efetiva nos dois gols. O segundo, lá pelos 47, fez o torcedor rubro-negro levantar da poltrona com o coração em festa.
A afirmativa de Don Juan de que o Atlético estava encontrando sua identidade futebolística parecia verdadeira.
Se eu fosse o Galvão Bueno, saberia por que o professor trocou Harrison por Paulo Otávio e empurrou Héracles para o meio. O Galvão consegue penetrar na cabeça das pessoas, ler seus pensamentos, lia até os pensamentos do Schumacher, que devem ser em alemão, fazendo o S do Senna a 250 por hora.
Como não sei, analiso apenas o resultado. A perda do RG redundou numa meleca danada, um empate com gosto de derrota, de antecipado fim de festa.
O Cianorte forçou no ataque, os cruzamentos laterais se multiplicaram e em escanteio, quando Rodolfo falhou, a defesa não resolveu. Como eu já havia dito. Pelo setor esquerdo, saiu o segundo. O setor sofre. Como eu já havia dito.
Como diz Gilmar Mendes, a toga de pés no chão, até as pedras sabem que o Atlético precisa de zagueiros, os seixos sussurram contra os três volantes. Lembrai-vos de Adilson Batista e suas onze partidas sem vitória.
Não era para acontecer mas aconteceu. Será fácil definir os culpados. Difícil será manter a calma e continuar o trabalho a meu ver bem conduzido. Para quem está no comando não será demais pedir: Por favor! Sem desesperos. Por favor! Sem fazer do sucesso coxa a origem do nosso caos.

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