sábado, 18 de fevereiro de 2012

UM BOM TROPEÇO

Estou em Boa Vista da Aparecida, sudoeste paranaense, os olhos pousados no sol quentíssimo procurando descanso atrás das colinas que rodeiam o lago da usina de Salto Caxias, observando o lento caminhar do gado de volta ao estábulo e filosofo tristonho após a derrota contra o Arapongas: até as vacas sabem que o Atlético precisa de zagueiros. Até ontem, somente as pedras e eu sabíamos. As pedras, eu e Don Juan.

Técnicos dão sinais que os dirigentes têm obrigação de entender. Quando Renato Gaúcho colocou Fransergio de atacante e introduziu Victor Esquerdinha no time, em partida decisiva, estava dizendo, estamos muito mal, não temos atacantes, temos que contratar. O Malucelli não entendeu, Renato se foi e estamos na segunda divisão.

Quando Don Juan escalou Bruno Costa na lateral direita e Renan Foguinho de zagueiro, estava dizendo, estamos muito mal, não temos zagueiros, temos que contratar. Espero que os nossos dirigentes tenham entendido. 

Têm, também, que, urgentemente, ter entendimento dos mais importantes. O Atlético contiunua supervalorizando o Coritiba. Quando Pablo e Manoel provocaram o terceiro amarelo contra o Malutron, tentavam evitar o afastamento no Atletiba. Um monumental engano.

O jogo a ganhar era este contra o time das aves, colocar as mãos no título do primeiro turno, afastar-se de vez da zebra Cianorte. Temos que esquecer o Coritiba. O clássico é importante para a torcida, para o campeonato, apenas mais três pontos, os mesmos três que perdemos hoje.

Absurda a contusão de Bruno Mineiro. O estouvado defensor estava a três metros de Bruno. Atrasado só poderia contundir o companheiro de profissão. Foi o que fez, meteu o cabeção na nunca do atacante. A única desculpa é a falta de conhecimento das leis da física, indo para o popular, a burrice, a grossura infinita. Pergunto: a ignorância atenua o dolo?

O Atlético perdeu. Teve suas principais peças marcadas e as individualidades não conseguiram resolver o problema. Apenas um tropeço, se as lições forem aprendidas. Se assim for, apenas um bom tropeço.

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