sexta-feira, 16 de março de 2012

BOLSO DO COLETE

A Fórmula 1 vai começar, a velocidade volta às manhãs de domingo, agora com o sobrinho do Ayrton, o craque dos craques, pilotando uma Willians. Dizia uma dessas promessas nacionais que não guardei o nome: Ser rápido é fácil, duro é ser constante, evitar erros dentro de uma corrida de 70 voltas. A esperança brasileira está certa.

O Atlético de Don Juan é prova disso.

A velocidade é uma moeda de duas caras. Atacar 90 minutos a 200 por hora é aproximar-se da vitória e correr riscos a cada passe. Quando um gol adversário pode significar o fim do campeonato, representa andar na corda bamba sem qualquer segurança.

O rubro-negro atacou, atacou e passou de fase. A necessária vitória mínima aconteceu fruto da troca de passes dos velhinhos do elenco, Guerrón para Baier, daí a Marcinho e bola no fundo da rede.

Pouco antes do gol, ali pelos 15 do segundo tempo, eu achava o Atlético perdido, a marcação dando sinais de cansaço, Baier e Harrison pouco contribuindo na transição, Gustavo o principal lançador da equipe. O goleirinho a mesma catapulta louca de sempre. Confesso que vi a viola em cacos.

A diferença da qualidade entre os elencos deu a vitória ao rubro-negro. A experiência resolveu o problema, que poderia ter solução antecipada, tivessem Baier e Harrison feito os gols cara a cara com o goleiro ainda no início da partida.  Como não fizeram, o jogo foi sofrido até o último minuto. Uma dureza.

A partida mostrou o estilo Don Juan. Atacar a todo o transe. O negócio é fazer gols. Segurar resultado não se consegue com a introdução de volantes na equipe e sim com a troca de atacantes por atacantes. Até o único volante se troca por outro com características mais ofensivas. Fazia tempo não via algo assim. Para dizer a verdade, acho que nunca vi.

Impossível criticar quando a defesa é pouco solicitada, o time vive perdendo gols, o goleiro adversário é o melhor jogador da partida, e o resultado é obtido. Melhor sair diplomaticamente e achar... interessante.

Dá para entender quando a vitória é indispensável e o adversário de qualidade inferior. Difícil acreditar que este comportamento possa ser usado em todas as circunstâncias e que Don Juan não tenha outras soluções no bolso do colete.


Nenhum comentário:

Postar um comentário