domingo, 11 de março de 2012

CAMINHO CERTO

Depois de participar de visita à Arena na sexta-feira, encantado com o projeto, confiante na inauguração já para o Nacional 2013, voltei minha desconfiança para o Durival de Brito, estádio de Curitiba na Copa de 50, 62 anos atrás, casa do rubro-negro neste Paranaense, hercúlea lição de humildade a ser cumprida antes do início da nova e espetacular era que se aproxima.

A desconfiança do autor desapareceu aos dois minutos, quando Heracles lançou Furlan na direita e o ponta tocou para Harrison entrar pelo meio e marcar.

O gol mostra a força maior do Atlético. O lançamento longo perfeito, a defesa adversária desarrumada, a assistência precisa e a finalização fatal.

O Furacão que era para ser uma cópia do Barcelona, com troca de passes e domínio da posse de bola, passa longe do time do Guardiola. Ao contrário do toque-toque espanhol, o rubro-negro joga lançando de trinta metros para mais, rápido na saída da defesa para o ataque, fazendo do desarme e contra-ataque o seu veneno. Nada contra, é outra forma, também eficiente de jogar.

O que dificulta é o lançamento inicial. Não é qualquer um que tem a precisão do Gerson, o canhotinha de ouro, ou do Zidane para os mais jovens que não viram o papagaio jogar. Então, o Atlético erra demais e, por vezes, quando acerta, o atacante está impedido. A solução é treinar o fundamento, ter Baier em campo, fazer os atacantes correrem na linha dos defensores e só entrar na vertical quando do lançamento.

Outra dificuldade é o posicionamento adversário. Time muito recuado, como o Sampaio Corrêa deve jogar quinta-feira, com a vantagem no placar, praticamente anula a possibilidade. O jeito é marcar pressão, tentar roubar a bola no meio-campo e sair para o ataque. Foi o que o Atlético treinou contra o Rio Branco.

Avançou a defesa lá para a intermediária, diminuiu muito a distância para os atacantes adversários, sufocou e matou o Leão. É assim que vai tentar passar de fase na Copa do Brasil.

O problema será segurar o contra-ataque dos maranhenses. Ainda não entendi a sobra da defesa do Atlético. Jogando na frente, o risco é grande. Um jogador de boa individualidade pode quebrar a segurança defensiva. Olha o Edgar!

Para o desafio que se aproxima, achei o jogo contra o Rio Branco ótimo aperitivo.

Gostei da disposição tática e da continuidade do esforço. Foram 90 minutos intensos. Perdemos uns cinco gols, incluindo o penal muito bem defendido pelo goleiro parnanguara. Se eu tivesse querer, gostaria que, com a entrada de Baier, Harrison não caísse tanto ofensivamente. Se eu pudesse pedir, gostaria que a torcida apoiasse Bruno Mineiro. O cara tem alta média de gols feitos e assistências. Tem que apoiar.

O jogo de quinta tem tudo para ser uma pedreira.

O apronto de ontem mostrou que, para este jogo, estamos no caminho certo.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário