domingo, 18 de março de 2012

JOGAR COMO GRANDE

O Atlético acelerado de quinta-feira contra o Sampaio Corrêa deixou o combustível em Curitiba. O atacar noventa minutos da vitória que nos deu a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil me fez pensar. Em quantas partidas um time jogando neste nível de intensidade demonstrará queda no seu rendimento físico? A resposta veio mais rápido que o esperado. O empate de hoje teve como uma de suas causas o cansaço do elenco.

Só para lembrar, o preparador físico saiu do banco e foi pedir empenho.

Cansado, modificado, prejudicado pelo gramado, pelo calor, o rubro-negro empatou com candidato ao rebaixamento. Péssimo resultado.

Por quê? Simples. No Paranaense, o Atlético pode enfrentar alguma dificuldade contra o Coritiba, contra as demais equipes tem que golear. Uma atuação inspirada de defesa bem organizada, o trabalho excepcional de um goleiro são causas únicas a justificar placar menos elástico. Não foi o caso do Roma.

O time de Apucarana fez uma apresentação dentro do esperado. Defendeu-se sem exageros, atacou quando pôde, fez seu gol numa bola parada. Poderia ter feito outro, aos 42 do segundo tempo, em chute bem defendido por Rodolfo.

O Atlético sortudo, o pênalti mal batido por Guerrón retornou aos seus pés para o gol ao final da primeira etapa, teve todos os méritos no empate. Repetiu os costumeiros erros, o principal deles a perda de gols. Harrison chegou atrasado para duas finalizações.

O que mais me incomodou foi a imagem de Bruno Mineiro chamando os companheiros para comemorar o gol rubro-negro com Guerrón.  Só me faltava voltarmos a 2011, àquele Atlético pequeno de espírito. Vou creditar a ausência ao cansaço de todos.

Foi um jogo morno, sem brilho, sem qualquer destaque a fazer. Nem a estreia de Gabriel Marques merece análise. Com quase nada a dizer, a substituição de Marcinho aos 36 do primeiro tempo mobilizará os fofoqueiros de plantão.

Chega de maus resultados, de apresentações inferiores. O tempo está passando. Don Juan tem que aproveitar os retornos de Baier, Ligüera e Ricardinho, e acertar o time, torná-lo consistente, fazê-lo jogar como grande.

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