Na guerra deve-se conhecer a
personalidade do comandante adversário para conquistar a vitória. Nunca estudei
a personalidade de Petraglia, nem sou seu adversário, mas quando a imprensa
forçou Don Juan a opinar sobre a permanência de Guerrón e a confirmar a
contratação de Luiz Alberto na coletiva, senti que o uruguaio tinha comprado seu
bilhete de volta. Bastava um empate em Alagoas e o check-in estaria feito. Com
a derrota, Don Juan só precisou escolher o assento.
Don Juan foi embora, nem o nome o
salvou da degola no dia dos namorados.
Acabou. Antes de virar a página,
algumas perguntas devem ser feitas.
O que levou Don Juan a mudar tanto
suas características em quatro meses? Por que o treinador voltado para o ataque
se orientou para a defesa? Houve alguma influência dos comandantes do futebol
Rubro-negro (Dagoberto e Orlandelli) na mudança transformadora do perfil tático da equipe?
Foram as contratações de Fernandão e Tiago Adan os vetores da transformação
ruinosa?
Quem tiver as respostas as apresente.
O torcedor vibra com a saída do
treinador. As constantes mudanças na equipe e o não aproveitamento de Harrison
são as principais justificativas do seu estado d’alma. Fala-se em nomes,
esquece-se o esquema. Don Juan trocou o ataque pelo 433. A entrada de Héracles
na primeira linha de três em Alagoas era lógica com a contusão de Zezinho. A substituição
prova o caos que é nosso quadro de defensores.
Avança-se Héracles, inexiste um
lateral-esquerdo, improvisa-se Bruno Costa. Cléberson já é um volante
improvisado de zagueiro. Se Gabriel Marques for operado, nosso lateral-direito
será Pablo, um centroavante marcando velocistas. Estou soltando foguetes pela
contratação de Luiz Alberto, na prática, um ex-atleta. Contratações recentes,
estão de chinelinho há meses. O departamento de futebol do Atlético, na mão de
profissionais, é um fiasco completo.
Os senhores Orlandelli e Dagoberto
devem analisar seus trabalhos com carinho. Se não estão recebendo da diretoria
o devido apoio, é hora de puxar o carro, manter impolutos seus currículos
impecáveis.
O torcedor sabe que Don Juan tem lá
suas culpas, mas, e há sempre um mas, não é o único culpado. O Atlético ou
contratou mal, ou não contratou. Errou duas vezes. A conclusão é simples. Não
será Ricardo Drubsky, Estevam Soares, Caio Junior, Jorginho, Cerezo, ou
qualquer desses papa-defuntos que colocará o Rubro-negro nos trilhos amanhã.
O amigo corinthiano me confidenciou: “O
ano que o Corinthians foi para a segunda divisão foi o melhor da minha vida.
Ganhávamos todo fim de semana”. Eu pensei que teria a mesma sorte. Como diria a
turma do Chaves, não contava com tanta astúcia da diretoria Rubro-negra. Ai de
mim.
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