terça-feira, 12 de junho de 2012

AI DE MIM


Na guerra deve-se conhecer a personalidade do comandante adversário para conquistar a vitória. Nunca estudei a personalidade de Petraglia, nem sou seu adversário, mas quando a imprensa forçou Don Juan a opinar sobre a permanência de Guerrón e a confirmar a contratação de Luiz Alberto na coletiva, senti que o uruguaio tinha comprado seu bilhete de volta. Bastava um empate em Alagoas e o check-in estaria feito. Com a derrota, Don Juan só precisou escolher o assento.

Don Juan foi embora, nem o nome o salvou da degola no dia dos namorados.

Acabou. Antes de virar a página, algumas perguntas devem ser feitas.

O que levou Don Juan a mudar tanto suas características em quatro meses? Por que o treinador voltado para o ataque se orientou para a defesa? Houve alguma influência dos comandantes do futebol Rubro-negro (Dagoberto e Orlandelli) na mudança  transformadora do perfil tático da equipe? Foram as contratações de Fernandão e Tiago Adan os vetores da transformação ruinosa?

Quem tiver as respostas as apresente.

O torcedor vibra com a saída do treinador. As constantes mudanças na equipe e o não aproveitamento de Harrison são as principais justificativas do seu estado d’alma. Fala-se em nomes, esquece-se o esquema. Don Juan trocou o ataque pelo 433. A entrada de Héracles na primeira linha de três em Alagoas era lógica com a contusão de Zezinho. A substituição prova o caos que é nosso quadro de defensores.

Avança-se Héracles, inexiste um lateral-esquerdo, improvisa-se Bruno Costa. Cléberson já é um volante improvisado de zagueiro. Se Gabriel Marques for operado, nosso lateral-direito será Pablo, um centroavante marcando velocistas. Estou soltando foguetes pela contratação de Luiz Alberto, na prática, um ex-atleta. Contratações recentes, estão de chinelinho há meses. O departamento de futebol do Atlético, na mão de profissionais, é um fiasco completo.

Os senhores Orlandelli e Dagoberto devem analisar seus trabalhos com carinho. Se não estão recebendo da diretoria o devido apoio, é hora de puxar o carro, manter impolutos seus currículos impecáveis.

O torcedor sabe que Don Juan tem lá suas culpas, mas, e há sempre um mas, não é o único culpado. O Atlético ou contratou mal, ou não contratou. Errou duas vezes. A conclusão é simples. Não será Ricardo Drubsky, Estevam Soares, Caio Junior, Jorginho, Cerezo, ou qualquer desses papa-defuntos que colocará o Rubro-negro nos trilhos amanhã.

O amigo corinthiano me confidenciou: “O ano que o Corinthians foi para a segunda divisão foi o melhor da minha vida. Ganhávamos todo fim de semana”. Eu pensei que teria a mesma sorte. Como diria a turma do Chaves, não contava com tanta astúcia da diretoria Rubro-negra. Ai de mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário