O Atlético toque-toque foi melhor que o Atlético
estilingue.
Com três atacantes, Ligüera na transição, Baier e
Deivid na saída de bola, o Rubro-negro do primeiro tempo exagerou na ligação direta,
anulou Ligüera, facilitou para o Baureri e saiu de campo com o belíssimo gol de
Paulo Baier. Só.
Foram quarenta e cinco minutos de bolas esticadas
para um ataque de primeira água, Tiago, Bruno e Edigar nunca jogaram juntos,
atacantes sempre atrasados, escondidos atrás dos zagueiros, a defesa do Barueri
não teve qualquer trabalho.
Com a bola voando por sobre sua cabeça, Ligüera foi
para a área tentar o cabeceio, um toque no meio da confusão. Não é a sua. Sobrou
para Bruno e Tiago voltar e fazer as assistências que não sabem. Outra
impropriedade. Quando Héracles cansou de fazer lançamentos longos e encontrou
Ligüera no meio, o passe deixou livre Tiago na frente do goleiro. Perdeu. Mais
uns minutos, Ligüera recebeu e tocou a Baier na intermediária. O chute preciso e
o gol.
O amigo entendeu que estou defendendo Ligüera. O
Atlético estilingue o impediu de jogar.
No segundo tempo, o técnico do Barueri armou seu
time contra bola longa e foi surpreendido pelo jogo curto. Entraram Fernandão
no lugar de Bruno e Zezinho no lugar de Ligüera. Zezinho e Deivid fecharam a frente
da área, Baier avançou, Fernandão foi jogar centralizado, Edigar pela direita,
Tiago pela esquerda.
A bola longa acabou, os volantes passaram a servir
Baier, a troca de passes curtos e com maior precisão deram ao Atlético o
controle do jogo, beneficiado pelo segundo gol, também de Baier, ali pelos
treze minutos.
O que mudou foi a forma de jogar, a maneira de
chegar na frente. O Atlético toque-toque permitiu Baier jogar.
Nada maravilhoso, com inúmeras chances perdidas,
jogadas insinuantes de ataque. Um jogo controlado, sem pressas desnecessárias,
a manutenção do resultado o principal objetivo. Era assim que tinha que ser. O
gol de Fernandão aconteceu pelo puro desgaste do Barueri.
Gostei de Deivid. Não gostei de Manoel. O zagueiro
tem que jogar sério, tem muito ruído pelo seu setor. O ataque do Barueri foi
pego várias vezes em impedimento. A defesa do Atlético sobe em linha para o
meio campo, um maná para o contra-ataque, como foi para o Jajá no primeiro gol do
Boa.
Tiago, Bruno Mineiro e Fernandão disputam posição
no meio do ataque. Tiago na esquerda, à primeira vista, tem dificuldade. Para os
lados do campo temos Edigar, Bruno Furlan, Ricardinho, Marcelo, todos podem
fazer a função com melhor qualidade.
Baier descansado é fundamental. Na saída de bola
pode ser mais contido, fazer a bola circular enquanto se aproxima do ataque.
Tem que procurar Ligüera. Fazer funcionar o Atlético toque-toque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário