sábado, 2 de junho de 2012

ATLÉTICO TOQUE-TOQUE


O Atlético toque-toque foi melhor que o Atlético estilingue.
Com três atacantes, Ligüera na transição, Baier e Deivid na saída de bola, o Rubro-negro do primeiro tempo exagerou na ligação direta, anulou Ligüera, facilitou para o Baureri e saiu de campo com o belíssimo gol de Paulo Baier. Só.

Foram quarenta e cinco minutos de bolas esticadas para um ataque de primeira água, Tiago, Bruno e Edigar nunca jogaram juntos, atacantes sempre atrasados, escondidos atrás dos zagueiros, a defesa do Barueri não teve qualquer trabalho.
Com a bola voando por sobre sua cabeça, Ligüera foi para a área tentar o cabeceio, um toque no meio da confusão. Não é a sua. Sobrou para Bruno e Tiago voltar e fazer as assistências que não sabem. Outra impropriedade. Quando Héracles cansou de fazer lançamentos longos e encontrou Ligüera no meio, o passe deixou livre Tiago na frente do goleiro. Perdeu. Mais uns minutos, Ligüera recebeu e tocou a Baier na intermediária. O chute preciso e o gol.

O amigo entendeu que estou defendendo Ligüera. O Atlético estilingue o impediu de jogar.
No segundo tempo, o técnico do Barueri armou seu time contra bola longa e foi surpreendido pelo jogo curto. Entraram Fernandão no lugar de Bruno e Zezinho no lugar de Ligüera. Zezinho e Deivid fecharam a frente da área, Baier avançou, Fernandão foi jogar centralizado, Edigar pela direita, Tiago pela esquerda.

A bola longa acabou, os volantes passaram a servir Baier, a troca de passes curtos e com maior precisão deram ao Atlético o controle do jogo, beneficiado pelo segundo gol, também de Baier, ali pelos treze minutos.
O que mudou foi a forma de jogar, a maneira de chegar na frente. O Atlético toque-toque permitiu Baier jogar.

Nada maravilhoso, com inúmeras chances perdidas, jogadas insinuantes de ataque. Um jogo controlado, sem pressas desnecessárias, a manutenção do resultado o principal objetivo. Era assim que tinha que ser. O gol de Fernandão aconteceu pelo puro desgaste do Barueri.
Gostei de Deivid. Não gostei de Manoel. O zagueiro tem que jogar sério, tem muito ruído pelo seu setor. O ataque do Barueri foi pego várias vezes em impedimento. A defesa do Atlético sobe em linha para o meio campo, um maná para o contra-ataque, como foi para o Jajá no primeiro gol do Boa.

Tiago, Bruno Mineiro e Fernandão disputam posição no meio do ataque. Tiago na esquerda, à primeira vista, tem dificuldade. Para os lados do campo temos Edigar, Bruno Furlan, Ricardinho, Marcelo, todos podem fazer a função com melhor qualidade.
Baier descansado é fundamental. Na saída de bola pode ser mais contido, fazer a bola circular enquanto se aproxima do ataque. Tem que procurar Ligüera. Fazer funcionar o Atlético toque-toque.

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