terça-feira, 3 de dezembro de 2013

MEXERICOS DA CANDINHA

A amiga me pergunta o que acho da possibilidade de Adriano JOGAR no Furacão. Saco minha pistola mata-boatos e atiro duas vezes no disparate. Há uma tendência a se achar que tudo que Petraglia toca vira ouro, um Midas rubro-negro. Não creio que o Presidente tenha gosto pela ideia, gastar chumbo em chimango não faz seu gênero. As probabilidades de dar errado são altíssimas.

Se o Atlético vai gastar algo a mais que o salário de seus profissionais na recuperação de Adriano está empenhando recursos na loteria, algo pouco empresarial. Se deve gastar algum para garantir o recebimento da megassena tem que ser um mínimo, simbólico para o tamanho da aposta. Caso o amigo ache que não, pague suas cadeiras em dia para garantir o trono do imperador. Enfim, enquanto não sair no site do clube é boato, fogo nele.

Outro amigo se preocupa com a matéria da Gazeta do Povo, teme jogo dificílimo em Joinville se tudo que leu for verdade. A notícia trata do vestiário no Maracanã, de duras palavras possivelmente ditas pelo Presidente Petraglia, basicamente chamando o time de frouxo, Baier e Botelho de mercenários. O jornal cita como fontes a 98 FM e a Transamérica.

Ainda com a pistola na mão, picoto o diário com cinco balaços, sobram outros para as fofoqueiras. Com a arma ainda fumegante, lembro que onde há fumaça, há fogo. Em fim de jornada, a derrota atiçando a boca grande, tudo pode. Não deve, mas pode. Entretanto, a lei universal da bola recomenda: O que se diz no vestiário, fica no vestiário. Colocadas de lado pelo Presidente, as emissoras abriram o bico, faz parte do jogo, abriu a guarda para o inimigo, leva chumbo.

Tremi quando uma semana antes da final, o Flamengo anunciou 1,5 milhão de prêmio pela vitória. Um a zero para os cariocas. Essas notícias afetam negativamente o adversário. Se não houver uma contramedida rápida, corre-se sério risco. O amigo lembra Atlético e América Mineiro em Minas, nós precisando da vitória, o Cruzeiro avançou belo prêmio para o Coelho, o bicho do seu Malu foi inferior, resultado, derrota, segunda divisão.

Nessas situações, Baier na condição de capitão está sempre no meio, corre riscos. Não entendi Pedro Botelho. Darei minha opinião a respeito pela última vez. O Atlético com o time que subiu da segunda divisão, com o improviso de Juninho na direita e Éderson no ataque, perdeu merecidamente para o Flamengo no Rio de Janeiro. O time que quase perdeu para o Paraná a última partida da segundona no Ecoestádio, chegou à final da Copa do Brasil, um milagre, não conseguiu jogar e virou vice. O Flamengo jogou melhor, ponto final.

Se Petraglia falou, falou, a palavra dita não volta atrás. Culpa todos temos. A Arena empenhou todos os recursos, o departamento de futebol não trouxe um reforço importante, na hora do vamos ver, Felipe, gerente de rachão, virou esperança, o coletivo antes fortíssimo não andou, a torcida calou no segundo tempo na Vila Caldeirão, cada um vista a sua carapuça.

Petraglia tem que reunir a patrulha, polir arestas, dar a direção e seguir na frente. O povo rubro-negro depende do seu bom senso, da sua inteligência, da sua grandeza. Assim sendo, o torcedor não precisa se preocupar. Vamos ganhar do Vasco. Enquanto isso, o atleticano troca de jornal, de rádio, evita dar ouvidos aos mexericos de Candinha.

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