Tenho meus poréns, porém, quando se observa que esta foi a primeira semana cheia que o Atlético teve para treinamentos, desde a chegada de Mancini, fica evidente a insanidade do calendário, o absurdo esforço físico a que foram submetidos os jogadores atleticanos e tantos outros.
Times que foram se afastando de competições, o Cruzeiro, por exemplo, eliminado da Copa do Brasil pelo Flamengo, tiveram desgaste inferior, puderam aprimorar-se taticamente, tiveram seu caminhar facilitado. A citada Raposa venceu com facilidade o Brasileiro. Um estranho caso de perder aqui para vencer ali. Para a Ponte Preta, um caso grave de cair aqui, para tentar vencer ali.
Não fossem as premiações para os clubes que avançam às finais dos vários campeonatos e torneios, o planejamento anual poderia começar com a seleção de competições a jogar à vera e à brinca. O Atlético já deu o primeiro passo nessa direção abandonando o Paranaense. Só imaginando, ano que vem, empenhado na Libertadores, poderia enfrentar a Copa do Brasil com um time B, aberto à possibilidade de perder para o Luverdense na primeira fase, preservando o principal para o Brasileiro. Só imaginando.
Voltando à realidade, o Furacão viveu semana a que estava desacostumado, sem entrar em avião, fazer check-in em hotel, as famílias viveram overdoses paternas. Mancini teve “a oportunidade de trabalhar mais com o grupo em termos táticos e dar um pouco mais de posse de bola e velocidade de jogo à equipe”. Graças ao nosso quinhão de idiotas terá que fazer uma viagem de ônibus a Joinville, mais uma vez, palmas para o nosso quinhão de idiotas.
É tanto descanso que chega a dar medo. Claro que não. O Atlético já passou por tudo neste ano, aprendeu muito, sabe da necessidade da vitória, vai enfrentar o Vasco com ânimo de leão, vai vencer. A torcida embarcada, uma nova categoria de torcida, a que deu show no Maracanã, pode confiar.
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