segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

OU VAI, OU RACHA

O Atlético acabou se enrolando contra o Santos, perdeu e ficou na mira do Goiás. Depois de tentar duas mil trezentos e cincoenta e duas bolas longas, morreu na bola longa. Houvesse um Freud no futebol, seria bom pagar uma consulta para ver o que aconteceu com o time que marcava na frente, tomava a bola a dez metros da área adversária e em dois toques estava criando dificuldades.

O tempo foi passando e o Atlético ficando defensivo. O jogo de ontem deixou isso bem claro. Precisando vencer, começou os dois tempos de jogo atrás, esperando o Santos. Pior, não se pode nem culpar a postura defensiva, pois quando estava melhor, no ataque, perdendo gol com Everton e Luiz Alberto, tomou o gol definitivo. É coisa mesmo para o doutor Freud.

Fico com a impressão que os jogos pela Copa do Brasil descaracterizaram o Atlético atacante. Lutando por placares mínimos no torneio mata-mata, foi recuando, usando demais a bola longa, acreditando na jogada individual de Marcelo, finou-se como time de ataque. A velocidade transformou-se em morosidade, o ataque ficou nas mãos de poucos, deu chance às defesas de anular Éderson.

Marcado, o artilheiro dos míseros minutos transformou-se em assistente, foi jogar longe da área, afastado dos três metros da balisa onde fez tantos gols. Sem Dellatorre, ficamos sem a velocidade produtiva, que assiste, abre espaços, complica. Everton corre, avança e entrega a bola para o marcador. Alguém tem que dizer para o elétrico que depois de atrair a marcação, um atacante ficou livre para receber seu passe, é só tocar e receber na frente. É desconcertante ver jogador correr tanto e produzir tão pouco. Podia ter matado o jogo, livre na marca do pênalti deu uma varada por cima.

A escalação dos três volantes foi a culminância das culminâncias do defensivismo. Depois de tentar Mérida, Zezinho, Felipe e outros pelo caminho, como Marco Antônio, Mancini resolveu optar pelo esquema funerário, só admissível se o objetivo desde o início fosse o empate. Como tenho ódio declarado dos três volantes, acho que nos levaram à segundona em 2011, sou suspeito, vou ficar por aqui.

Mancini tem que fazer uma pergunta simples aos seus cochichadores de plantão: “Como era mesmo aquele esquema que nós ganhávamos jogos todos os dias?”.

Alguém deve lembrar. Então é começar hoje os treinamentos, marcar a saída de bola, forçar o erro adversário, desarmar e marcar. Meus queridos amigos, vamos arrumar as mochilas e seguir para Joinville. O Vasco não é o Náutico, se não exigirmos aos gritos a vitória, perdemos a vaga na Libertadores e pagamos o mico do ano.

A equipe tem que voltar no tempo, trabalhar duro e jogar no ataque noventa minutos. O Goiás vai passar por cima do Santos. É a última partida. Só a vitória interessa. Ou vai, ou racha.

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