O Atlético luta contra duas corporações que lhe podem prejudicar
muito. A mídia e a arbitragem paranaense.
As causas da antipatia que imprensa e árbitros têm pelo
rubro-negro vêm de longa data. Seria fanatismo dizer que não temos culpa no
cartório. Fato é que a retaliação promovida pelas duas entidades corporativas é
desmesurada, passou muito dos limites em relação aos fatos que lhe deram
origem.
Melhor dizendo, o afastamento de ambas as classes da postura
profissional obrigatória, o ataque subliminar à instituição Atlético Paranaense,
a galinha dos ovos de ouro do futebol desta terra, é indesculpável, seja qual
for a motivação, a causa geradora de tal estado de coisas.
A percepção pelos torcedores das evidências dos comportamentos
prejudiciais ao Furacão e a busca das redes sociais para demonstrar seu
descontentamento acirraram ainda mais a situação que já era crítica.
A justa demonização das arbitragens do senhor Heber Roberto
Lopes, desastrosas para o rubro-negro em vários Atletibas, gerou um clima
naturalmente benéfico ao seu maior rival. Foram inúmeras as partidas em que
árbitros definiram o resultado a favor do alviverde com enormes dificuldades em
campo.
Vejo futebol do mundo todo e em todos os campeonatos as
arbitragens erram e erram muito, só não favorecem continuamente a mesma equipe.
Poderíamos hoje usar o refrão de anos atrás, com que a torcida do Barcelona
homenageava o Real Madrid: “Así... así... así gana el Madrid”. Basta trocar o
Madrid por Cori. Para quem tem mais idade, voltamos aos anos 70.
No Atletiba do último domingo, o assistente que tinha um olho
fora do lance de bola para entregar Guerrón, não viu o impedimento claro de
Lincoln no segundo gol coxa. No mínimo estranho. O Atlético virou o inimigo,
contra o inimigo até a calúnia. A calúnia pode ser encoberta. Contra o Atlético
deve.
O que era de se esperar da cobertura do maior clássico
paranaense? No mínimo um número de câmeras em condições de tirar todas as
dúvidas do jogo, permitir ao diretor de TV mostrar lances de diversos ângulos,
repeti-los, mostrar detalhes, dar ao telespectador a realidade dos fatos. Essas
câmeras que eu acho obrigatórias deviam estar em Londrina, ou qualquer outro
jogaço do nosso campeonato. Se estavam no “rachadinho”, o diretor de TV decidiu
não usá-las.
No primeiro gol coxa, o condutor do contra-ataque aparece dez
corpos à frente de Manoel e esta é a única imagem do lance. Ou é caso de
pobreza extrema ou dolo midiático. No segundo gol coxa, durante a transmissão,
nenhuma menção foi feita ao possível e claro impedimento. Nem o tradicional
lance parado no momento do passe foi mostrado.
A agressão de Guerrón foi o único lance em que uma segunda
câmera mostrou sua cara. Se é esse o melhor nível de transmissão que a nossa
televisão pode produzir, estamos no mínimo com uns vinte anos de atraso.
A situação levou mais de noventa por cento da torcida
rubro-negra a pedir arbitragem de fora para as finais, só falta agora pedir
diretor de TV, narrador e comentarista vindos dos chamados grandes centros.
O Atlético tem dura luta pela frente. Difícil reverter a
situação em curto prazo. O duro é que os inimigos têm poder. O jeito é montar
time para ganhar com sobras, segurar os nervos à flor da pele, deixar o tempo
passar.
Enquanto isso vamos cantando: Así... así... así gana el cori!
Enquanto isso vamos cantando: Así... así... así gana el cori!
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