Time escalado no treinamento para o jogo de domingo tem na sua
defesa o quarteto Pablo, Rafael Schmitz, Renan Foguinho e Paulo Otávio.
Senhores, eu sei que é hora de ajudar, ficar com a boca calada ajuda muito.
Entretanto, eu não me aguento.
O maior problema do Atlético é a defesa. Seria o justo momento
para se treinar em jogo a melhor formação para o setor, ajustar as peças em
desajuste soberano, pero, infelizmente, vamos para mais uma sessão vale a pena
jogar o tempo fora.
A diretoria do Atlético contratou profissionais para dirigir o
futebol do clube e esqueceu de fazer o seu papel. A vinda de profissionais é
importante pela vivência, pelo conhecimento dos processos de contratação e de
gestão de setor extremamente complexo.
Cabe à diretoria acompanhar o trabalho dessa gente bem paga e
orientar procedimentos. Se é para chegar aqui e virar todo poderoso, ver os
posicionamentos da diretoria como intromissão indevida, passo a duvidar do tal
profissionalismo.
O amigo torcedor sabe quantos zagueiros tem o Atlético dos
profissionais da gestão? Três, respondo eu. Manoel, Rafael Schmitz e Bruno
Costa. Se o prezado desejar escalar Gabriel Marques de zagueiro, quatro. Que
time da segunda divisão do Brasileiro possui em seu elenco o irrisório número
de três zagueiros? E se Manoel tiver alguma lesão? Como é que fica? Nem vou
falar na qualidade.
Eu não sei contratar ninguém, quem sabe nem o presidente do
Deliberativo, talvez nem mesmo o Petraglia, mas o dono da banquinha na frente
da Baixada sabe que falta zagueiro no elenco do Atlético. Todos sabem. Tem
alguém para chegar, colocar a camisa e jogar em vias de contratação? Quem sabe?
A diretoria tem que puxar a orelha daqueles em que acreditou no currículo.
O Barcelona ganhava de dois a zero do Chelsea, estava na final
da Liga, avançou a defesa para o meio campo, tomou um contra-ataque e levou o
gol que destruiu o sonho catalão. Alguma semelhança com o primeiro gol coxa no
clássico?
Don Juan pode atacar à vontade, desde que deixe no mínimo três
jogadores na última linha de defesa. Um na sobra, dois mais à frente, um destes
marcando o centroavante. Com essa estrutura, mata-se o contragolpe e se ganha
tempo para o retorno dos meias e volantes. Menos que isso é namorar a derrota.
Don Juan pode fazer isso com Gabriel Marques, Manoel e Bruno
Costa. É o disponível. Gabriel e Manoel são fortes fisicamente e têm velocidade
na recuperação. Ultrapassado, Bruno vira expectador. Como se animou a carregar
a bola para o ataque, cabe uma reza. Não estou falando em 352, estou falando em
usar lateral no esforço mínimo defensivo.
Se Don Juan não pensar nessa hipótese, ou qualquer outra que
fortaleça a defesa, toma um sacode do Cruzeiro e vai para o Atletiba com a
corda no pescoço.
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