sexta-feira, 27 de abril de 2012

CORDA NO PESCOÇO


Time escalado no treinamento para o jogo de domingo tem na sua defesa o quarteto Pablo, Rafael Schmitz, Renan Foguinho e Paulo Otávio. Senhores, eu sei que é hora de ajudar, ficar com a boca calada ajuda muito. Entretanto, eu não me aguento.

O maior problema do Atlético é a defesa. Seria o justo momento para se treinar em jogo a melhor formação para o setor, ajustar as peças em desajuste soberano, pero, infelizmente, vamos para mais uma sessão vale a pena jogar o tempo fora.

A diretoria do Atlético contratou profissionais para dirigir o futebol do clube e esqueceu de fazer o seu papel. A vinda de profissionais é importante pela vivência, pelo conhecimento dos processos de contratação e de gestão de setor extremamente complexo.

Cabe à diretoria acompanhar o trabalho dessa gente bem paga e orientar procedimentos. Se é para chegar aqui e virar todo poderoso, ver os posicionamentos da diretoria como intromissão indevida, passo a duvidar do tal profissionalismo.

O amigo torcedor sabe quantos zagueiros tem o Atlético dos profissionais da gestão? Três, respondo eu. Manoel, Rafael Schmitz e Bruno Costa. Se o prezado desejar escalar Gabriel Marques de zagueiro, quatro. Que time da segunda divisão do Brasileiro possui em seu elenco o irrisório número de três zagueiros? E se Manoel tiver alguma lesão? Como é que fica? Nem vou falar na qualidade.

Eu não sei contratar ninguém, quem sabe nem o presidente do Deliberativo, talvez nem mesmo o Petraglia, mas o dono da banquinha na frente da Baixada sabe que falta zagueiro no elenco do Atlético. Todos sabem. Tem alguém para chegar, colocar a camisa e jogar em vias de contratação? Quem sabe? A diretoria tem que puxar a orelha daqueles em que acreditou no currículo.

O Barcelona ganhava de dois a zero do Chelsea, estava na final da Liga, avançou a defesa para o meio campo, tomou um contra-ataque e levou o gol que destruiu o sonho catalão. Alguma semelhança com o primeiro gol coxa no clássico?

Don Juan pode atacar à vontade, desde que deixe no mínimo três jogadores na última linha de defesa. Um na sobra, dois mais à frente, um destes marcando o centroavante. Com essa estrutura, mata-se o contragolpe e se ganha tempo para o retorno dos meias e volantes. Menos que isso é namorar a derrota.

Don Juan pode fazer isso com Gabriel Marques, Manoel e Bruno Costa. É o disponível. Gabriel e Manoel são fortes fisicamente e têm velocidade na recuperação. Ultrapassado, Bruno vira expectador. Como se animou a carregar a bola para o ataque, cabe uma reza. Não estou falando em 352, estou falando em usar lateral no esforço mínimo defensivo.

Se Don Juan não pensar nessa hipótese, ou qualquer outra que fortaleça a defesa, toma um sacode do Cruzeiro e vai para o Atletiba com a corda no pescoço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário