sexta-feira, 13 de abril de 2012

ESCOLHER SEU CLODOALDO

O time de Don Juan é problema para o editor dos melhores momentos. Quando não está atacando, fazendo ou perdendo gols, está correndo riscos enormes na defesa. O primeiro tempo que acabou 3 a 1, poderia tranquilamente ter terminado 5 a 3. Uma máquina mortífera sem qualquer cuidado defensivo.

A bola sai rápida da defesa, chega ao lado do campo e dali surge o cruzamento para uma dúzia de atleticanos entrando na área para finalizar. Para não falar nos tantos gols perdidos, vou lembrar apenas duas infelicidades de Guerrón, uma na trave, outra bem defendida pelo goleiro, se é possível chamar de infeliz  jogador que fez três gols ainda no primeiro tempo, o que nas minhas contas  dá o direito de pedir duas músicas.

O adversário entra na vertical, os encarregados da proteção da defesa assistem e o atacante explode na frente de Vinícius, que tem que sair no desespero. Fez dois milagres. Em linha, contando com o impedimento dos tigres, vulnerável à ação individual, a zaga obrigou Vinícius a jogar quase que como um terceiro zagueiro com a comodidade de poder atuar com as mãos.

Se futebol é resultado, o 5 a 1 diz que o Atlético está no caminho certo.

A favor desse diagnóstico tem-se a chuva de gols feitos e perdidos, a velocidade na transição da defesa para o ataque, o entrosamento da peça ofensiva, parece que agora chegando a bom nível, as finalizações precisas, a prioridade pelo jogo coletivo, o abandono da bola parada como principal fonte de jogadas de gol.

Se o ataque é a melhor defesa, o Atlético está no caminho certo.

Quem sabe estejamos a poucos passos do caminho certo. Temos um jogo ofensivo consistente, titulares e suplentes em condições de fazer a máquina funcionar em bom nível.

Falta ainda acertar a defesa, criar uma forma de jogar em que, atacando como louco, o time consiga ter segurança, evitar contra-ataques, o um contra um suicida, ter um último homem capaz de neutralizar ousadias, dar socorro final a  Vinícius.

Como a primeira linha de defesa pouco vai ao ataque, não me parece difícil. Faltam as óbvias contratações para suprir as necessidades do elenco, em absurdo atraso, e um volante estilo anos 70, um Clodoaldo, que solitário consiga adivinhar as intenções do adversário, estar no lugar certo na hora certa, tomar a bola e servir os armadores com qualidade. É, já houve tempo em que um volante bastava.

Contratar, reunir atletas, escolher os protagonistas, treinar, treinar, dar à defesa consistência, é o que falta. Foram 3 meses para acertar o ataque, especialidade de Don Juan. Temos um mês para acertar a defesa. O Orlandelli tem que ir ao mercado, Don Juan ajustar coberturas e, o mais difícil, escolher seu Clodoaldo.




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