domingo, 8 de abril de 2012

ESTOUROU O LIMITE

Mostrei meu desapontamento com a defesa do time reserva em treinamento da semana anterior e catapum, Don Juan escalou três dos quatro que eu botei defeito. Manteve Gabriel Marques na direita e colocou em campo Renan Foguinho, Rafael e Bruno Costa. Atiçou minha curiosidade, não me trouxe preocupação.

Continuo achando que o Sub-23 do Atlético, jogando com um mínimo de seriedade, tem que ganhar de todos esses times do Paranaense. O empate aconteceu por absoluta falta de seriedade. Seriedade e respeito para com o torcedor que foi tomar chuva naquele fim de mundo.

A escalação de Manoel no lugar de Ricardinho, no início do segundo tempo, foi brincadeira de mau gosto, um chocolate amargo para a torcida rubro-negra.

Ao fazer o Atlético jogar com dez jogadores toda a etapa final, Don Juan não foi só o inventor desastrado, colocou Manoel em situação difícil, impediu os reservas para o ataque de exercitarem suas capacidades, mostrarem até que ponto é possível contar com eles, desperdiçou o esforço dos demais atletas, esforço que fez do goleiro Colombo o melhor do jogo.

Nada explica a escalação de Manoel no comando da peça ofensiva. Se Carrasco estivesse querendo deixar o Atlético, recebido ótima proposta de trabalho, tudo estaria explicado, a barbaridade seria vista como motivo de demissão por justa causa. Não é o caso.

Carrasco desrespeitou o Corinthians Paranaense e deu um presente para a torcida coxa. Motivou e embrulhou com papel especial a classificação dos verdes para a final do estadual. Podia ter evitado.

Acho a contratação de Carrasco novidade importante para o futebol brasileiro cansado desses treinadores de 1 a 0, gol de bola parada. Suas escalações parecem aproveitar o fraco campeonato estadual para testar jogadores, esquemas, dar chances a todos os seus comandados. Sua obcessão pelo ataque é cativante, seus resultados lhe permitem ousar, ousar, não desacatar a inteligência dos rubro-negros.

Sobre a defesa montada com jogadores fora de suas posições de origem, valeu pelo teste. O gol do timãozinho, acontecido a partir de cruzamento de jogador livre pelo lado de Bruno Costa que encontrou finalizador sem marcação na frente de Vinícius, mostrou que a vulnerabilidade do setor esquerdo continua.

Acho a posição de lateral uma das mais complicadas e importantes. Exige velocidade para encurtar espaços, bloquear cruzamentos, evitar a fuga pela linha de fundo, o corte para dentro, atenção com as ultrapassagens, isso só pensando em defender. Improvisar um zagueiro na posição é correr risco desnecessário. Amigos discordam da minha opinião. Amigos podem e devem discordar.

No segundo parágrafo disse que o Atlético empatou. Como Don Juan, errei feio. Na realidade, hoje, não foi o Atlético que empatou, foi Don Juan que perdeu. Do cartão de crédito “red and black-platinum-gold-special” que possuía, o treinador estourou o limite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário