terça-feira, 24 de julho de 2012

BOQUEIXADA



De mês em mês, um vendaval de bom senso sopra no Rubro-negro do meu coração. Normalmente, a origem das férteis ideias vindas com a viração é a miséria do planejamento anterior, insistente em causar danos tremendos ao time e me fazer sofrer.

A ótima notícia da semana passada foi o retorno às negociações para a utilização da Vila Olímpica do Boqueirão neste Brasileiro da série B, em que estamos mais atrasados que obra do PAC.

O amigo torcedor, com tendência ao martírio, argumenta que torcida não ganha jogo, o pequeno público em Paranaguá seria suficiente para a volta ao paraíso, desde que tivéssemos equipe de alta qualidade. A afirmativa é, por tudo, inadequada à nossa realidade. Primeiro, porque nosso time ainda vai demorar a ganhar o peso necessário para andar sozinho, e o tempo voa. Segundo, porque torcida é indispensável em qualquer situação.

Os exemplos estão aí. Em 2011, jogando a poucos quilômetros de BH, Atlético e Cruzeiro andaram para nos fazer companhia no purgatório. Tinham grandes elencos, treinadores de ponta. Tiveram que armar na última rodada para salvar a raposa.

O Furacão já deveria estar jogando na “Boqueixada” desde há muito, a torcida premiada pela sua fidelidade ao clube. Vai ver agora acertamos o passo.

Com um pouco de pressa, poderíamos estrear na “Boqueixada” já no dia 18 de agosto contra o Criciúma, jogo fundamental para nossas pretensões no campeonato, a massa toda lá, gritando “Uh! Boqueirão! Uh! Boqueirão!”. Um pouco de divertimento é fundamental.

Só aquele cara que vê o jogo do telhado serra abaixo pode ser contra. Ele e o câmera da RPC, especialista nas imagens do rio Itiberê, dos camarotes em árvores e telheiros.

A diretoria sabe que a Arena só ficará disponível para jogos lá pelo final de 2013. Assim, o Atlético amargará ano e meio cigano, tem que armar logo sua barraca, criar casa nova, dar um presente ao seu povo cansado de peregrinar na 277.

Pode ser que jogar no Durival Brito seja mais barato do que o investimento a fazer na Vila Olímpica. É minha única dúvida. Fora isso, estou de malas prontas para a “Boqueixada”.

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