sábado, 28 de julho de 2012

É MUITO POUCO


O amigo atleticano ainda acredita. A amiga já entregou os pontos, diz não ter mais esperança. Como sou um homem de fé, e só por isso, prefiro sonhar com a chance de retorno. Sonhar eu disse, nada existe de material que me faça acreditar na possibilidade. Nem a chuva de reforços caída como o maná sobre os retirantes no deserto.

Antes de prosseguir, devo me colocar como um bastião da permanência de Jorginho, mesmo que ele nos leve à terceira divisão. Já cansei da troca de técnicos no Atlético. Digo isso para poder criticar o treinador sem ser chamado de traidor, de mal informado, de alguém em regozijo com a péssima fase do Rubro-negro, iludido pelo “mantra da diretoria anterior”. O que é isso?

Jorginho ainda não tem um time titular, os jogadores vagam entre esquemas. Em casa um, perde; fora de casa outro, perde também. Insiste com Tiago Adan, com Bruno Costa, vê neles qualidades inexistentes. Ou lhe dá missões impossíveis.  Os dois únicos cruzamentos que chegaram à área do Guarani no primeiro tempo foram de Tiago. Faltou ele na área para concluir. Nunca falta na entrevista. Tem o melhor assessor de imprensa do mundo.

Transformou Maranhão no armador do Atlético e esqueceu de dar cobertura ao setor. Renato inexistiu na partida e foi mantido os noventa minutos. Quem me lê sabe que vou deitar e rolar com a escalação dos três volantes. Acho os três cabeçudos golpe duro contra a inteligência do jogo. Voluntariosos, ficam fazendo faltas sem fim, procurando o problema.

A relação de três cabeçudos para um bom de bola na intermediária é crime contra a astúcia, seja o bom de bola piá, ou velho matreiro. Quando o piá se machuca, ataca a enxadadas o bom senso geral. Coloca Fernandão em campo. Só falta ajoelhar e começar a rezar.

Eu pergunto o que Jorginho tem contra Ligüera, contra Bruno Mineiro, esquecidos por completo. O último jogo que vencemos foi com pênalti sofrido por Ligüera. Tá lá no banco. É irritante. Contra o Vitória, Furlan entra e consegue criar as únicas jogadas de gol do segundo tempo. Começa no banco. Entra, o time melhora. Cansei.

A esperança é Elias, o recém-chegado. Para dar certo, Elias terá que ter Ligüera, Paulo Baier, ou Harrison como parceiro de ataque. Alguém para dividir a marcação, alguém que saiba dar um passe, preocupe os cabeçudos adversários. Senão, eles avançam e ficamos encurralados por times com nove lesionados.

Nem vou falar da defesa, é pregar no deserto. Nessa eu falo desde o tempo do Rafael Santos. Nada muda. Sofreu pressão, entrega. Aos vinte do segundo tempo me pego desejando o fim do jogo, ele não vem e, infelizmente, em seu lugar, vem a derrota. Alguém na diretoria do Atlético deve rever os gols adversários e concluir sempre pelo azar. Ou é inimigo, ou é ignorante de bola.

Só não posso reclamar da falta de empenho. Os cabeçudos correm uma barbaridade. É muito pouco.

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