quarta-feira, 18 de julho de 2012

VOLTOU ÀS SUAS RAÍZES


A festa dos jogadores ao final da partida foi bonita como demonstração de espírito de grupo, solidariedade, e justa como celebração de resultado buscado com raça durante os noventa minutos.  
Ofensivo a la Don Juan, o Atlético fez ótimo primeiro tempo. A marcação avançada, o domínio do meio de campo, as constantes chegadas pelas laterais, deixaram o Avaí sem opções ofensivas que não fossem o chute de longa distância.
A opção tática deu resultado logo aos 14 minutos. O zagueirão do Avaí serviu Adan, o passe para Marcelo saiu perfeito, o menino colocou na saída do goleiro. Uma beleza.
Jorginho avançou Baier, recuou Ricardinho e Marcelo para a segunda linha de defesa, segurou os laterais, perseguiu Cleber Santana com Renan, manteve o fogo à frente e se preparou para o aumento do placar.
Quase funcionou. Ricardinho perdeu o gol que quebraria a coluna do Avaí em definitivo. Foi pena. Manoel deu azar e o empate aconteceu. Às vezes, a vontade de acertar, a pressa, conduz ao erro. Por favor, evitem falar em Corinthians perto de Manoel. É histórico, dá um azar tremendo.
O segundo tempo trouxe o melhor passe do Avaí e o consequente domínio da partida. O Atlético tentou avançar a defesa, repetir a boa primeira fase, não conseguiu. A jogada longa insistiu em entregar a bola aos catarinas. Restou-nos defender.
É assim mesmo, o adversário joga, mostra seu valor, impõe sua vontade. Aí cabe à defesa espernear, segurar o resultado e criar condições para o ataque matar o jogo em escapada perfeita.  
A casa andou para cair. As múltiplas faltas, os escanteios e até um contra-ataque em que Santana perdeu o gol feito poderiam ter dado ao Avaí a vitória. Só faltava Cleber Santana nos matar duas vezes, em 2011 e 2012.
Quando eu já começava a gostar do empate, Cleberson lançou Furlan e o cruzamento da esquerda encontrou Marcelo livre para marcar. Três pontos na sacola. Marcelo operou o Avaí com a precisão de cirurgião cardíaco.
O Atlético foi forte, errou muito pouco, correu demais, mereceu vencer. Jorginho vai entender que no ritmo Don Juan, as substituições precisam vir mais cedo. Gostei muito da marcação individual de Renan sobre Santana, algo que os treinadores normalmente desprezam. Eu acho fundamental.
Vencemos e estamos loucos de felizes a 3 pontos do G4. Dez dias atrás estávamos na zona do rebaixamento. O Atlético provou que tudo é possível com empenho e raça. Amigos rejubilem-se. O Atlético de Jorginho voltou às suas raízes.

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