domingo, 1 de julho de 2012

AMANHEÇA A GALOPE

Na estréia de Jorginho, jogando fora, o Atlético empatou. O que há de errado na frase? O amigo vai dizer que me engano ao dizer que o Furacão jogou fora. Em absoluto. Jogar em Paranaguá, para um público de 2500 almas, é dar ao adversário todas as vantagens. O Bragantino se sentiu em Bragança Paulista.
A porta de entrada para a colonização paranaense é a porta de entrada para o inferno rubro-negro.
A mesma agilidade demonstrada pela diretoria para contratar o novo treinador frente ao desastre iminente, deveria ser utilizada para o retorno imediato a Curitiba. Vai perder dinheiro? Vai, talvez muito, mas é imperativo.
Com todos os atrasos, a conclusão da Arena, a sua disponibilização para jogos, só irá acontecer lá pelo final de 2013. Melhor será engolir a tal Vila Olímpica, ir arrumando aos poucos, jogar as noturnas serra abaixo, até mudar de pouso definitivamente.
Na arapuca em que o Atlético se meteu, a torcida é indispensável. Se em fim de semana maravilhoso, com novo treinador, o atleticano procurou a televisão, ficou claro que 2500 sofredores será o público recorde no caranguejão. Muito pouco para a cruzada a enfrentar. Bom senso. Volta já. Fecha o pano.
Jorginho teve a oportunidade de ver o tamanho do pepino que tem em mãos. Um time que erra passes, é lento, cria poucas oportunidades e as perde. Mostrou ter estrela. Aos 28 do segundo tempo, aproveitando-se de falha dupla de Manoel e Cleberson, o Bragantino perdeu o gol definitivo.
De Don Juan pouco restou. As jogadas verticais, o lance com o pivô, a velocidade pelos lados, foram esquecidos. Um corta-luz ou outro na entrada da área são os únicos recuerdos do uruguaio.
As novidades foram o avanço frequente de Gabriel Marques e a boa apresentação de Pablo no ataque. Ricardinho esqueceu o lado do campo, exagerou na diagonal da área, deu dois passes ótimos para gol. Bruno Mineiro foi discretíssimo. Bruno Costa fez número. Alan Bahia acertou passes de vinte metros, nada mais que a obrigação, e impôs ao time ritmo de operação tartaruga. Weverton salvou a lavoura. Baier fez o que pode.
Se Jorginho teve a paciência de assistir o tape do jogo, preocupou-se com a desorganização do posicionamento defensivo, com a fragilidade do setor na bola aérea. Vai pedir um atacante. Mais um.
Em entrevista declarou levar os treinamentos ao nível máximo. Vai precisar. Deve ter passado o domingo arrancando os poucos cabelos, desejando que a segunda-feira amanheça a galope.

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