sábado, 22 de dezembro de 2012

TAREFA DE GIGANTE

Em 10 de agosto escrevi o texto “Parabéns Petraglia” comemorando a liberação pelo BNDES dos recursos para o avançar das obras da arena da Baixada. Exultante, gastei meus parágrafos para elogiar todos os que contribuíram para o presumido fim dos nossos problemas e o deslanchar dos trabalhos até então em ritmo de tartaruga.

Meu engano foi do tamanho do meu júbilo. A data que eu classificava de histórica marcou apenas o início de mais uma longa batalha travada em todos os corners da governança paranaense e curitibana. Quem pode colocar um empecilho colocou, quem pode fugir de compromissos assumidos deu no pé, quem pode exigir um esclarecimento fez questão, quem tinha poder interferiu.

A eleição cooperou. Temendo perder eleitores, candidatos de todas as correntes nunca se colocaram definitivamente favoráveis à execução da obra. Que hora para se esperar definições de políticos temerosos com a perda de votos.

O Judiciário fez sua parte. Gastou litros de cafezinho, consumiu quilos de pão de queijo, até classificar como públicos os recursos a serem colocados na arena. Para os inocentes a definição visa favorecer a transparência da aplicação dos recursos, para mim, a melhor via para prejudicar o andamento dos trabalhos.

O drama arrastou-se até ontem, 21 de dezembro. Neste dia apocalíptico, foi aprovada pela Câmara Municipal, de forma unânime e definitiva, a alteração do Potencial Construtivo e a Arena está apta a receber do BNDES, por intermédio da Agência de Fomento do Paraná, os recursos para a finalização da arena magnífica.

Neste caminhar entre inimigos de todas as tendências e todas as capacidades, atleticanos de todos os níveis deram mostras inequívocas de seu amor pelo clube, usando suas capacidades, seus conhecimentos, suas influências, suas palavras para desatarem os infindos nós que cerceavam nossos passos.

Seus nomes estão nas redes sociais, lembrados por quem foi testemunha de seus ingentes esforços. Impossível melhor paga que o reconhecimento público dos amigos. Outros tantos permanecem na obscuridade, nem por isso as gerações futuras lhes devem menor gratidão.

Quando estádios da Copa já se inauguram, conseguimos finalmente a liberdade para trabalhar. O Brasil tem que saber que todo esse atraso se deve unicamente à diligência de adversários bem posicionados na esfera pública, dedicados a destruir o sonho atleticano. É dos que nada fazem além de criar embaraços que o brasileiro tem que cobrar, jamais da instituição Atlético Paranaense.

O Atlético, vítima de invejas poderosas, venceu mais uma vez sob a liderança do presidente Petraglia. O Brasil que honra seus compromissos tem que olhar o Atlético com orgulhosa admiração. Vencer no Paraná é tarefa de gigante.

 

Um comentário:

  1. Parabéns Ivan, como de costume, mais uma belissima e inteligente coluna. SRN

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