Meu engano foi do
tamanho do meu júbilo. A data que eu classificava de histórica marcou apenas o
início de mais uma longa batalha travada em todos os corners da governança
paranaense e curitibana. Quem pode colocar um empecilho colocou, quem pode
fugir de compromissos assumidos deu no pé, quem pode exigir um esclarecimento
fez questão, quem tinha poder interferiu.
A eleição cooperou.
Temendo perder eleitores, candidatos de todas as correntes nunca se colocaram
definitivamente favoráveis à execução da obra. Que hora para se esperar
definições de políticos temerosos com a perda de votos.
O Judiciário fez sua
parte. Gastou litros de cafezinho, consumiu quilos de pão de queijo, até
classificar como públicos os recursos a serem colocados na arena. Para os
inocentes a definição visa favorecer a transparência da aplicação dos recursos,
para mim, a melhor via para prejudicar o andamento dos trabalhos.
O drama arrastou-se até
ontem, 21 de dezembro. Neste dia apocalíptico, foi aprovada pela Câmara
Municipal, de forma unânime e definitiva, a alteração do Potencial Construtivo
e a Arena está apta a receber do BNDES, por intermédio da Agência de Fomento do
Paraná, os recursos para a finalização da arena magnífica.
Neste caminhar entre
inimigos de todas as tendências e todas as capacidades, atleticanos de todos os
níveis deram mostras inequívocas de seu amor pelo clube, usando suas
capacidades, seus conhecimentos, suas influências, suas palavras para desatarem
os infindos nós que cerceavam nossos passos.
Seus nomes estão nas
redes sociais, lembrados por quem foi testemunha de seus ingentes esforços.
Impossível melhor paga que o reconhecimento público dos amigos. Outros tantos
permanecem na obscuridade, nem por isso as gerações futuras lhes devem menor
gratidão.
Quando estádios da Copa
já se inauguram, conseguimos finalmente a liberdade para trabalhar. O Brasil
tem que saber que todo esse atraso se deve unicamente à diligência de
adversários bem posicionados na esfera pública, dedicados a destruir o sonho
atleticano. É dos que nada fazem além de criar embaraços que o brasileiro tem que
cobrar, jamais da instituição Atlético Paranaense.
O Atlético, vítima de
invejas poderosas, venceu mais uma vez sob a liderança do presidente Petraglia.
O Brasil que honra seus compromissos tem que olhar o Atlético com orgulhosa
admiração. Vencer no Paraná é tarefa de gigante.
Parabéns Ivan, como de costume, mais uma belissima e inteligente coluna. SRN
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