quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

ATÉ MÉDICO CUBANO SERVE

Escrevo meu primeiro texto do ano e amigo me dá um carrinho por trás, que me joga na pista, e saio ralando da coxa ao tornozelo, vítima de escoriações múltiplas, traz o mertiolate, ainda bem que estou com antitetânica em dia. Quando o adversário te acerta tudo bem, tem volta, quando o amigo se apoquenta é bom rever o escrito.

O ponto de choque parece ter sido minha afirmação de que para se reeleger Petraglia teria que montar um grande time, só o término da Arena não bastaria. Diz o prezado não ser verdadeiro que o Presidente tenha intenção de se recandidatar. Respondo rápido. Se não tem, é bom começar a ter.

Qualquer atleticano minimamente coerente pode ter suas diferenças com Petraglia, mas sabe que o futuro do Atlético, o Atlético das próximas décadas, não é dependente da permanência de Paulo Baier, das contratações de Antônio Lopes, e sim da continuidade de um projeto que tem como condutor o seu Mario Celso, por isso, a ele, temos que desejar calma, muita calma e boa saúde.

Diz o atropelante que a torcida não coopera, a preços mínimos a adesão aos planos de sócios é fraca, algo impossível de contestar. Os vinte e três mil sócios anunciados com estardalhaço é muito pouco, ainda mais se pensarmos no brilhante final de 2013 em campo.

A torcida está com o pé atrás, esperando uma arena novinha em folha, um supertime vencedor para colocar a mão no bolso, ainda não entendeu que o sonho é dependente da sua contribuição, sem grana, vamos continuar a viver de acasos, anos bons e ruins dependentes de encontros felizes ou infelizes de jogadores medianos. Neste aspecto, o amigo está cheio de razão.

Já em recuperação, ainda no soro, passo os olhos na entrevista de Paulo Baier. Nenhuma novidade. Caio da cama com a declaração de que o Atlético pode ser acionado na justiça por quebra da palavra. Baier vacilou e caiu no conto do advogado, delirante para tirar algum do Furacão. Esqueceu que o Atlético pode acioná-lo por afirmar que teve sua escalação sabotada pela diretoria. 

Vou continuar achando que Baier foi importante para o clube, nada mais que isso, ao dar ouvidos ao bandido perdeu a razão, perdeu a graça. Que se vá.

Notícias suspiradas apontam para um lateral-esquerdo uruguaio, um meia paraguaio, um técnico espanhol, um contrato com Adriano. Começo a ter esperanças, mesmo sem conhecer, mesmo sem certezas, quando você é atropelado, na hora da emergência, até médico cubano serve.

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