Santidades, majestades,
têm lá seus momentos de fuga da realidade, alguém tem que beliscar seus braços flácidos,
colocar seus pés de novo ao rés do chão. Cutucar aquele que assina o cheque é
problema grave, por vezes nem tão grave quanto fustigar amigos, ver defeitos, virar
deus, afastar aqueles que nada pedem, mas estão prontos a apoiar nas horas mais
difíceis. Desculpem-me. Saí a divagar sobre a magnífica esfera a viajar pelo
universo e seus viajantes poderosos. Desculpem-me.
Voltando à bola e ao
dinheiro, o presidente do Atlético explicou dificuldades financeiras, salários
atrasados, problemas nas contratações de Everton, Léo, Mugni, o esquecimento do
Vitória na devolução do 1,5 milhão depositado para garantir a permanência de
Léo, hoje atleta do Urubu. O amigo veja o nível do futebol nacional, o Vitória “esqueceu”
de devolver a grana.
O presidente deveria
falar mais, ou colocar o site para falar. Já fui responsável por boletim diário
de quartel mais animado que o site do Furacão. Ontem, por exemplo, em oito
linhas ficamos sabendo que o Atlético treinou antes de embarcar para o Peru,
contra o Laranja Mecânica, venceu por sete a zero. Metade das linhas eram aquelas
informações futuras – embarca hoje, joga quarta etc –, típicas das últimas
linhas de todas as notícias de sites oficiais. Todos se repetem. Daí meu anseio
de inovação.
Dentro desse cenário, o
presidente poderia colocar uns atleticanos de fé para redigir textos que motivassem
a busca pelo site, dessem vida ao noticiário. O amigo vai pensar que estou pedindo
emprego. Nem pensar. Soldados não se dão bem em palácios, vivem solidários e
felizes aspirando o pó da estrada, mas se me pedissem para indicar alguém,
tenho um na ponta da língua.
Deixemos de rabugices e
vamos para a minha escalação do Atlético a enfrentar o Sporting na próxima
quarta-feira: Weverton, Sueliton, Manoel, Cleberson e Lucas Olaza; Deivid e
João Paulo; Fran Mérida e Zezinho; Marcelo e Ederson. Elias nem entrou no
avião. Ou sentiu desconforto ou está de saída do Furacão.
O time escalado tem
goleiro, laterais, zagueiros, atacantes, o meio, que empina a raia, espero
mostre serviço. Como o time deve se jogar na defesa, tentar o contra-ataque, tenho
lá minhas esperanças de que volte vivo. Na Libertadores conta muito o ânimo, a
vontade, e isso tenho certeza não faltará. É grande teste para o motivador Don
Miguel. Vamos ver até onde vai sua inteligência emocional.
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