segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

VAI PRECISAR

O que era para ser um início de ano trepidante transformou-se em desapontamento para grande parte da torcida rubro-negra. A boa campanha, a conquista na vaga na Libertadores, nada foi justificativa para a permanência de Mancini, Moraci, Baier e outros condutores do Furacão no brilhante 2013. Desculpem-me os otimistas, mas, a meu ver, descontinuidade desanimadora.

Mancini tinha o time na mão, acertou e errou, ganhou experiência, poderia ficar e nos ajudar em Libertadores tão próxima. Foi-se. A saída de Moraci aventa a possibilidade de treinador espanhol para substituí-lo, a aposta mais arriscada do ano. Difícil achar que toreador vai chegar aqui, repetir Colombo, colocar o ovo em pé e sair vencendo astecas, incas e portenhos? Tomara me engane.

Moraci nos deu fôlego para chegar aos últimos encontros com superioridade física, é um mestre, conhece o jogo das distâncias continentais que envolvem o futebol brasileiro, as diferenças climáticas, colocou Baier para correr o ano todo, vai ser trocado por um novato em Brasil, membro de uma comissão técnica itinerante, certamente sem a capacidade do velho campeão. Grato Moraci.

Baier foi afastado após a promessa de permanência em fins de campeonato. Alguns choram a saída de Everton. Para quem perdeu a assistência, o gol e a experiência de Baier, chorar por Everton e Léo é desperdiçar lamentos. Everton é um fundista que joga bola, na melhor das hipóteses um “jogador tático”.

No episódio Léo, quem perdeu foi o jogador. Vai para o Fla ser reserva de Leonardo Moura, banco, quando no Atlético teria muito mais visibilidade, seria titular, jogaria. Vítima do empresário. Um miolo mole gerenciado por outro.

Quem sai já se sabe. Quem vem depende do departamento de futebol, pai de um 2013 sem lateral-esquerdo, contratações vetadas para a Copa do Brasil, pérola maior a troca de Elias por Rodrigo Biro, um jogador que ajudou a levar a Ponte à final da Sul-Americana por fantasma sem apetite para a mínima aparição. Começa o ano trazendo um volante. Irmãos... Oremos... De joelhos.

Petkovic chega com o burro na sombra, quem poderá exigir dele a conquista do Paranaense com o sub-20, eliminado na primeira fase de competição ao final de 2013. O que fizer será lucro. Adriano treina sob os olhares dos grandes do Brasil, ao mínimo sinal de recuperação, Flas e Flus correrão aqui oferecendo o que não podem pagar, muito mais que o Atlético deseja pagar. Um teste para a fidelidade do imperador e minha provinciana ingenuidade.

O que me anima para 2014? O ano é de eleição, dona Dilma terá que distribuir benesses, fortalecer o mito do “paraíso petista” para ganhar mais quatro anos. Petraglia terá que montar um time vencedor, só a finalização da Arena será pouco para garantir outros três anos à frente do Furacão. Petraglia, que admiro e respeito, ele sabe, deve estar jogando com cinco ases na manga. Vai precisar.

 

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