Mancini tinha o time na
mão, acertou e errou, ganhou experiência, poderia ficar e nos ajudar em
Libertadores tão próxima. Foi-se. A saída de Moraci aventa a possibilidade de
treinador espanhol para substituí-lo, a aposta mais arriscada do ano. Difícil
achar que toreador vai chegar aqui, repetir Colombo, colocar o ovo em pé e sair
vencendo astecas, incas e portenhos? Tomara me engane.
Moraci nos deu fôlego
para chegar aos últimos encontros com superioridade física, é um mestre,
conhece o jogo das distâncias continentais que envolvem o futebol brasileiro,
as diferenças climáticas, colocou Baier para correr o ano todo, vai ser trocado
por um novato em Brasil, membro de uma comissão técnica itinerante, certamente
sem a capacidade do velho campeão. Grato Moraci.
Baier foi afastado após
a promessa de permanência em fins de campeonato. Alguns choram a saída de
Everton. Para quem perdeu a assistência, o gol e a experiência de Baier, chorar
por Everton e Léo é desperdiçar lamentos. Everton é um fundista que joga bola,
na melhor das hipóteses um “jogador tático”.
No episódio Léo, quem
perdeu foi o jogador. Vai para o Fla ser reserva de Leonardo Moura, banco,
quando no Atlético teria muito mais visibilidade, seria titular, jogaria. Vítima
do empresário. Um miolo mole gerenciado por outro.
Quem sai já se sabe.
Quem vem depende do departamento de futebol, pai de um 2013 sem lateral-esquerdo,
contratações vetadas para a Copa do Brasil, pérola maior a troca de Elias por
Rodrigo Biro, um jogador que ajudou a levar a Ponte à final da Sul-Americana
por fantasma sem apetite para a mínima aparição. Começa o ano trazendo um
volante. Irmãos... Oremos... De joelhos.
Petkovic chega com o
burro na sombra, quem poderá exigir dele a conquista do Paranaense com o sub-20,
eliminado na primeira fase de competição ao final de 2013. O que fizer será
lucro. Adriano treina sob os olhares dos grandes do Brasil, ao mínimo sinal de
recuperação, Flas e Flus correrão aqui oferecendo o que não podem pagar, muito
mais que o Atlético deseja pagar. Um teste para a fidelidade do imperador e
minha provinciana ingenuidade.
O que me anima para
2014? O ano é de eleição, dona Dilma terá que distribuir benesses, fortalecer o
mito do “paraíso petista” para ganhar mais quatro anos. Petraglia terá que
montar um time vencedor, só a finalização da Arena será pouco para garantir
outros três anos à frente do Furacão. Petraglia, que admiro e respeito, ele
sabe, deve estar jogando com cinco ases na manga. Vai precisar.
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