quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

PARA ASSUSTAR ATÉ O RAMBO

Desarrumado da cabeça aos pés, só a camisa impondo algum respeito, o Atlético perdeu para o Toledo no “simpático” Janguito Malucelli. Perdeu merecidamente. Nada a contestar, o Ventania não deu um chute a gol, ou deu? Se deu, eu não vi.

Sou totalmente favorável ao sub-23, mas penso que a equipe deveria começar a treinar em outubro, pelo menos para igualar as demais no entrosamento e na preparação física. Com treinador chegando na última hora, começando a treinar em janeiro, é só para o torcedor ter aonde ir na quarta-feira à noite, tomar picolé, enfrentar muriçoca, formiga e outros peçonhentos.

Por isso que não se culpe ninguém, nem o Pet, nem os jogadores, que ninguém se iluda, jogadores já com alguma rodagem, chega dessa história de meninos.

O gol do Toledo no começo da partida estabeleceu o roteiro do espetáculo. Toledo defendendo com qualidade, Atlético atacando sem objetividade.

Vamos ser verdadeiros. Os laterais não avançam, Juninho não defende, nem ataca, Otávio de vez em quando faz uma graça, Marcos Guilherme volta para buscar e toca cinco metros, os atacantes são dominados pelos defensores, esse barco faz água por todos os lados. O Toledo nem falta fez.

Daí eu fico pensando, se a bola não chega, tira um volante e coloca um meia. O que esses volantes estão fazendo em campo com o time perdendo. O seu Pet me atende, coloca Gustavo no lugar de Coutinho. Do Coutinho? Vamos lá. Penso que vai facilitar para Marcos Guilherme, a marcação vai abrir. Nada. Gustavo tenta alguma coisa, dá uns dribles, o seu Marcos Guilherme continua sem produzir. Em vinte minutos de comparação, Gustavo parece mais vivo que Marcos Guilherme.

Nova substituição do seu Pet. Troca zagueiro por zagueiro. Esta é aquela substituição que se o tenente treinador do time do quartel tenta, o cabo velho, que está no meio de campo para chegar o milho, sai correndo e pergunta: “Tenente, tem certeza tenente?”. Desculpe a historinha tenente, eu sei que você não faria tamanha caca. Seu Pet é uma das atrações do campeonato. Pode até se tornar um grande treinador, que assim seja, agora engatinha na profissão.

Perguntei a solução para o tenente e ele me disse com aquele orgulho que todo tenente tem da sua única estrela: “Joga com dois armadores, entra com o Furlan desde o início, volta com o Juninho para o time de cima, arruma outro volante, se tiver outros laterais no banco, é hora de tentar”.

Eu sei que o Pet quis manter a equipe, fortalecer o entrosamento. Pode esquecer, do jeito que está as possibilidades de sucesso são muito pequenas. Sempre foram, estão menores ainda. O que me preocupa é que Coutinho, Dominic, Léo Pereira e outros entraram no jogo contra o Cruzeiro. É para assustar até o Rambo.

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