segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O DONO DO TIME

O amigo já viu passista da Império Serrano, tirando seu capacete de baiana atômica na dispersão, dizer que desfilou mal, sentiu “a perna pesada”? Eu nunca vi. Nem folião no sábado de carnaval dizer: “Hoje tá difícil, estou com a perna pesada”. Pois o Paranaense começou e, lá em Prudentópolis, pernas pesadas disseram presente, amarrando craques de Furacão e Tigrão.

Esquecidos pesos e estreia, vamos primeiro comemorar, o jogo foi transmitido. Aplausos de todos os atleticanos agradecidos. O zero a zero foi uma pelada braba, como esperado, sem emoções, nem grandes aparições. Como esperado.

Inesperada, a escalação mal distribuída na telinha mostrou um zagueiro na posição do lateral-esquerdo. Senhores do Departamento de Futebol, até no sub-23 temos que improvisar? Que seca.

Conhecidos só Rodolfo, Juninho e Douglas Coutinho. Juninho e Coutinho, os experientes, que tinham que carregar a equipe, pouco produziram. O time vai depender muito da vontade desses dois. Vão ter que colocar o time nas costas, o mesmo com Bruno Furlan, inexplicavelmente, no banco de reservas.

O esquema, um 4-3-3 com Coutinho pela direita, Dominic centralizado e Sidicllei pela esquerda, não funcionou. Assim começou, assim foi até o fim. Faltou ao seu Pet exigir mais movimentação, alternância de posições, o que não aconteceu. Ficou fácil marcar.

O meio com Juninho, Otávio e Marcos Guilherme ficou devendo. A bola não chegou para os atacantes. Juninho e Otávio vão ter que aparecer mais na frente, puxar a marcação, dar espaço para Marquinhos trabalhar.  

Qualquer análise deve levar em consideração a fragilidade do Prudentópolis, individual e coletiva. Para o jogador atleticano, o sub-23 é o princípio do fim. Ou aparece contra esses times de baixo investimento, cria jogadas, faz gols, ou pode procurar emprego. Com vinte anos, o jogador está pronto, tem que render, dar uns dribles, uns bons passes, finalizar a gol, desarmar, mostrar serviço. O tempo para realização do sonho está acabando.

De qualquer forma, vou fazer elogios. Gostei de Rodolfo, dos zagueiros, Tarik e Renato Chaves, e do primeiro tempo do volante Otávio. Pet tem que insistir, arrumar um lateral-esquerdo, exigir ação, ficou parado, troca. Bruno Furlan tem que entrar jogando. Juninho tem que vir buscar e iniciar o jogo. No sub-23, ele é o dono do time.   

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