É assim que funciona, o
torcedor fica resmungando pelos cantos, chorando as pitangas, um gol e está
feito uma maritaca, cantando vitória, criando cenários, vendo o Manoel
levantando o caneco.
O atleticano já foi
longe uma vez, chegou à final da maior competição das Américas, tem toda a
razão de acreditar que tudo é possível.
O Atlético foi na medida
das suas posses para fortalecer o time, a bem da verdade, foi homeopático no
dispêndio dos recursos. Eu vou dizer ao amigo, foi responsável. Se era a hora
para ser responsável fica para cada um responder.
Olhando para trás, vejo alguma
sabedoria na montagem da equipe. Em 2010 fizemos campanha no Brasileiro muito
similar à de 2013, jogos seguros na defesa, definidos com gols de Baier, quase
chegamos à Libertadores. Então vendemos Rhodolfo e o goleiro Neto. Desmontamos
a defesa. Resultado, segunda divisão em 2011.
Neste 2014, fortalecemos
a defesa. Chegou Sueliton, chegou Lucas Olaza, o time ganhou laterais, manteve
a dupla de zaga de 2012, Manoel e Cleberson. Não fossem os atrasos nas chegadas
de Sueliton e Olaza, pudéssemos ter dado a eles mais tempo para entrosamento,
poderíamos estar ainda melhor em setor de máxima importância para a Copona.
Deivid e João Paulo continuam na proteção, gente de confiança. Se Weverton
fizer uns milagres...
A dúvida fica para o
meio de campo com Zezinho e Mérida. Se Zezinho pegar gosto pelo ataque, pela
chegada à frente, não entrar em campo sobrecarregado de missões defensivas,
pode dar lucro. Do pouco que vi Mérida jogar, acho que tem bom passe longo,
pode enfiar boa bola para o papa-léguas, para o artilheiro dos míseros minutos.
Achei que era dele o lugar de Everton na final da Copa do Brasil, acreditava
nele. Para ele é o jogo da vida, ou joga, ou vai tocar castanholas em outro
lugar. E não me venham de boleros.
Vou escrevendo e
começando a achar que dá, que temos boas chances, eu e esse meu coração
incorrigível. Olho os reservas e vejo uma piazada que poderia diminuir meu
ânimo em ascensão. Nada disso. Simplesmente por que não acredito nessa história
de meninos, de amadurecer, ir devagar.
Para mim, quem joga,
quem nasce para a coisa, não depende de idade, não é mamão para amadurecer, o
cavalo não precisa passar encilhado cem vezes. Entra, dá uma tremida, pega na
bola, mete uma caneta e vai para cima, se o time ajudar arrebenta. Nathan,
Mosquito, Coutinho, a loteria pode premiar um de vocês. Se acontecer, tenham
certeza, eu levo fé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário