A
goleada que o Santos impôs ao Furacão está absolutamente dentro da lógica. Não
falo da lógica do ritmo de férias, do atropelamento acontecido porque já de
sandália de dedo o Atlético foi molhar o pé na onda e um tubarão enfurecido
pela perda da Copa do Brasil resolveu fazer a festa.
Falo da
lógica do futebol, da simples lógica do futebol. Explico. Os dois times têm
trabalhos de base importantes, mas muito diferentes. O Santos aposta no drible,
no jogo vertical, no passe enfiado. Os meninos têm liberdade para o individual,
resolver na finta de olho na movimentação dos companheiros, a defesa adversária
bobeou o passe sai certeiro, é um gol atrás do outro.
O
Atlético gosta da troca de passes laterais, das longas viradas de jogo, na
tentativa de chegar à linha de fundo com espaço para o cruzamento alto,
esperando que a bola se ofereça para uma cabeça bem colocada. Vamos à verdade,
pouco objetivo, porém dentro de uma didática enraizada no cajueiro. O jogo foi
uma lição, dá para mudar, depende da vontade de mudar.
É claro
que isso é suposição minha alicerçada no que vejo em campo dia após dia. Posso
estar completamente equivocado, o problema pode estar na pescaria praiana muito
mais eficiente que a nossa e, claro, no melhor treinamento e maior
disponibilidade de bons jogadores na Vila Belmiro. Foi bom para não ficar a
imagem enganosa do jogo contra o Flamengo em que apedrejamos o Urubu
impiedosamente. Foi duro, mas veio em ótima hora.
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