segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

EM ÓTIMA HORA

A goleada que o Santos impôs ao Furacão está absolutamente dentro da lógica. Não falo da lógica do ritmo de férias, do atropelamento acontecido porque já de sandália de dedo o Atlético foi molhar o pé na onda e um tubarão enfurecido pela perda da Copa do Brasil resolveu fazer a festa.

Falo da lógica do futebol, da simples lógica do futebol. Explico. Os dois times têm trabalhos de base importantes, mas muito diferentes. O Santos aposta no drible, no jogo vertical, no passe enfiado. Os meninos têm liberdade para o individual, resolver na finta de olho na movimentação dos companheiros, a defesa adversária bobeou o passe sai certeiro, é um gol atrás do outro.

O Atlético gosta da troca de passes laterais, das longas viradas de jogo, na tentativa de chegar à linha de fundo com espaço para o cruzamento alto, esperando que a bola se ofereça para uma cabeça bem colocada. Vamos à verdade, pouco objetivo, porém dentro de uma didática enraizada no cajueiro. O jogo foi uma lição, dá para mudar, depende da vontade de mudar.

É claro que isso é suposição minha alicerçada no que vejo em campo dia após dia. Posso estar completamente equivocado, o problema pode estar na pescaria praiana muito mais eficiente que a nossa e, claro, no melhor treinamento e maior disponibilidade de bons jogadores na Vila Belmiro. Foi bom para não ficar a imagem enganosa do jogo contra o Flamengo em que apedrejamos o Urubu impiedosamente. Foi duro, mas veio em ótima hora.

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