A velho é guerreiro que pressente, cheira no ar, sabe de onde vem
o tiro que intenciona ser matador. Ligo o computador e vou à coluna do Mafuz no
paraná-online. Lá está a coluna do dia da eleição, “O Retrato de Petraglia”.
O autor vai de Eliane Brum a Dorian Gray tentando estabelecer um
perfil maligno de Petraglia. Ao citar a autora e a obra de Oscar Wilde
classifica Petraglia como um vilão perverso. É o seu último tiro na tentativa
de derrubar o inimigo que simplesmente desdenha dele, desdém que o magoa e o
faz disparar seu teclado.
Meses atrás, em programa em rede nacional da TV paga, capitaneado
pelo Benja da Fox, o ex-jogador Mário Sergio, aquele que formou o time campeão
de 2001 e o entregou a Geninho, em tom de pilhéria perguntou sobre o Mafuz,
Petraglia apenas se afundou na cadeira e balançou a cabeça com total descaso.
A fúria do articulista é justificada. Badalado como parte do
futebol paranaense e nacional nunca ultrapassou os limites da província. Sem
conhecer de quem se falava, o Benja abriu os olhos ao máximo tentando o
entendimento e depois de breve e desprezível silêncio seguiu a caravana tocada
aos risos do Mario Sergio.
Teclados são para serem operados sem ódios. Colocar posições,
apresentar pontos de vista, tentar esclarecer. O leitor deve ser levado à
comparação, fazer sua escolha pela análise produtiva, seja ela qual for. Quando
animados pela raiva são improdutivos, nulos, só servem para nutrir a alma de
outros de mesmo naipe. Assim, o texto longo cai longe do seu objetivo. É
inexistente, simplesmente por ser movido pelo rancor do autor a quem nem sabe
que ele existe.
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