segunda-feira, 27 de agosto de 2012

AINDA BEM


Qualquer análise sobre Paraná e Atlético tem que levar em consideração verdade manifesta: os atleticanos são individualmente muito superiores aos paranistas. Nem poderia deixar de ser, dada a diferença de orçamento entre os dois clubes. Digo isso em virtude de reconhecer o fato inegável somente no transcorrer da partida, a gralha em extinção era para mim tremenda incógnita.

Como o nome do jogo é futebol, a desigualdade não tira o brilho da vitória Rubro-negra. Veja o amigo que o “maior vencedor de todos os tempos” tomou sapatada memorável do Figueirense, último colocado na primeira divisão. Tudo pode acontecer quando se trata de jogar com os pés.

A gralha bem que assustou, deu suas bicadas ali pelos dez minutos, fez o ótimo Weverton gastar as luvas. Um gol no início da pelada cairia do céu para o professor Ricardinho. Não fez, tomou um aos 14, em ótima cobrança de falta de João Paulo, este um jogador completo, foi dominada, levou o segundo aos 22, contra-ataque que começou e terminou com Botelho, passando pelo preciso Elias, e ficou atrás de ambientalista que a salvasse da degola iminente.

O juiz deu 2 minutos de acréscimo e aos exatos 47, o Atlético deu ânimo à ave pronta para o abate. Felipe abandonou a marcação de Paulo Henrique e quando Botelho chegou para bloquear era tarde demais. Encheu-se de esperança o meu amigo pipoqueiro paranista.

O segundo tempo trouxe Baier no lugar de Elias. Discordo da substituição apenas pelo cartão amarelo recebido no primeiro tempo. Está virando moda. Outra moda que me desassossega é o tal administrar o jogo, algo como frente a adversário inferior, com placar favorável, trocar passes, deixar o tempo passar, esperar o apito final.

Se a administração redunda em mais gols, tudo bem. Quando isso não acontece, o time recua, o passar do tempo traz substituições defensivas, o fraco fica ousado e o perigo ronda a área do administrador cada vez mais dependente da sorte.

Para o torcedor atleticano, na segunda divisão graças a derrotas nos últimos minutos, um trauma revivido a cada jogo.

Em 30 minutos, o Furacão chegou mais de 10 vezes pelos lados do campo, criou chances importantes e não marcou. Aos 33, Weverton fez ótima defesa em chute da esquerda. No escanteio a seguir, o cabeceio raspou a trave. Daí para frente, a chapa esquentou, Baier foi expulso, a gralha esperneou e amanheceu o domingo recheada, girando na televisão de cachorro do boteco pé sujo.

Vencido o clássico, o Atlético atinge objetivo intermediário importante ao final do primeiro turno, fica a 2 pontos do G4. O time tem bons jogadores em todas as posições, o entrosamento é crescente, a volta a Curitiba está encaminhada, o retorno à primeira divisão na alça de mira. Ufa! Ainda bem.

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