quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É SÓ UMA IDEIA


Cheguei em casa atrasado, querendo ligar a televisão e ver na arte os 10 minutos de jogo com 1 a 0 favorável ao meu Rubro-negro. Qual o quê. Só acertei o tempo de jogo. Sem preocupações, vamos ganhar, pensei eu, imaginando um lanchinho para matar a fome, os gols saindo a partir daquele momento, certo que o Furacão só me esperara para virar Barcelona.

Os últimos jogos do Atlético foram muito parecidos. O Rubro-negro ataca, o adversário defende, joga por uma bola para marcar e infernizar minha vida. Contra o Joinvile, meu martírio começou mais cedo que o normal. Nem bem tinha me acomodado na cadeira e aos 24 os catarinas marcaram o gol que me fez engasgar com a pipoca saída do micro, não tenho dúvidas, praga do meu amigo pipoqueiro paranista.

O tosse-tosse ainda me atormentava quando o pênalti em Deivid me trouxe algum alívio. Elias saçaricou, bateu, o goleiro tocou na bola, ela teve pena deste escriba e buscou o aconchego da rede. Passa o refri, agora vai. Aos 34, segundo amarelo e barriga-verde fora do jogo. Vamos Furacão. No primeiro tempo nada. O Atlético forçou pela direita, não conseguiu avançar seus laterais, João Paulo foi marcado, o Joinvile nada fez além de destruir e garantiu o placar.

A história se repete no segundo tempo. O intervalo permitiu ao treinador visitante arrumar seu time. Duas linhas de quatro, cada um marca o seu, um atacante para explorar o erro da defesa. O Atlético cerca, Botelho tem mais liberdade, os cruzamentos vão acontecendo, nada.

O jogo chega aos 15 minutos e a aritmética do futebol comanda a primeira substituição. Marcelo no lugar de Elias. Não gostei. A mudança toca o horror no ataque, Henrique vai para a esquerda, Felipe vem para o meio, Marcelo entra pela direita. Por que simplesmente Ligüera não substituiu Elias? Estivesse Baier no banco não seria esta a substituição óbvia? Vai lá dá certo, não estou sentado à frente da televisão para duvidar e sim para torcer.

Aos vinte e poucos, após três chutes de fora, o Atlético começa a errar passes e, aos 27, Manoel erra mais um, faz falta fora da área, o juiz dá pênalti. Por sorte, assistente aconselha e o juiz volta atrás. Falta. A menina já é musa Furacão. O susto trouxe Ligüera a campo, no lugar de João Paulo.

Eram 30 minutos, o jogo já era uma balbúrdia, o árbitro foi atacado por um complexo de culpa inaceitável e segurou o ataque do Atlético cumulando-o de faltas. Ao apitar o final da partida, levantou as mãos para o céu.

Por incrível que pareça, o sufoco que o Atlético impõe ao adversário tem dificultado as coisas. No segundo tempo não conseguimos uma falta frontal. Os cruzamentos são rebatidos pela defesa apinhada de jogadores. Para dar algum conforto, finalizamos com melhor precisão, demos trabalho ao goleiro Ivan.  

A solução parece estar em controlar o jogo trocando passes na intermediária ofensiva, distanciando as duas linhas de defesa adversárias, permitindo maior espaço de manobra. Não sei, é só uma ideia.

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