A dupla Nhô Drub e Zé Alberto, que
estava no camarim torcendo para que o velho empreiteiro buzinasse o Jorginho
dos odores, pulou no palco de vereda, cantou sua moda contra os patrocinados
pelos Cavaleiros do Forró e venceu.
Com essa tropa de Goiás chegando no
Caju, pode ser que a solução para os nossos problemas seja mesmo uma dupla
caipira, seja pelo canto afinado, seja pelo fim dos olhos gordos que há tempos
esperam uma beirada para fazer do Rubro-negro plataforma para o sucesso.
A moda que a dupla cantou no Nazarenão
foi coisa mesmo de gente aproveitadeira. O esquema utilizado foi aquele que nos
trouxe a alegria dos gols com Don Juan, o que vai aumentar a saudade das viúvas
do uruguaio, entre as quais me incluo.
A primeira linha de quatro
assustadora, sempre em linha, contando com o participação hábil do assistente,
os dois volantes, Derley marcando individualmente o velho Netinho, Henrique
pela direita, Marcão centralizado, Felipe pela esquerda e Elias fazendo a
transição. A marcação obstinada de Netinho mostra o tamanho do nosso
retrocesso.
Qual a diferença do time do Carrasco?
Ao invés de ter dois ponteiros de velocidade, Henrique e Felipe jogam fechando
pelo meio, aproximam-se de Elias e abrem espaço para os laterais avançar. A
aproximação facilita a troca de passes, permite o controle do jogo, evita o
constante rifar da bola, divide a marcação. Era o rumo indicado por Jorginho. Deu
certo.
Dos que chegaram gostei de Maranhão,
dos volantes, João Paulo tem melhor chegada no ataque, Felipe, ainda errando passes,
e Elias, como já se sabia, jogador acima da média. A análise pós-jogo de Elias
em Paranaguá, reclamando maior retenção de bola no setor ofensivo, sinalizava
para a natural melhoria do funcionamento da equipe apenas com sua presença.
Esqueci do Marcão? De jeito nenhum.
Dois gols decisivos me colocaram no céu. O passe de Deivid para o segundo gol
me encheu de alegria.
Algo a reparar? Sim. A defesa continua sofrendo com
as bolas paradas, temos que diminuir o número de faltas. Facilitamos para o
chute de fora, principalmente no segundo tempo. Fui dormir feliz.
Quem também teve uma boa noite de sono
foram os caipiras no comando e o velho empreiteiro, que já mandou desligar os
telefones, parar a busca de treinadores, se em algum momento existiu. Os
primeiros pediram e ganharam a chance da vida, o segundo vibrou com a possível
solução dos problemas sem grandes gastos, sem gente repetindo que jogar em
Paranaguá atrapalha.
O atleticano em desespero gostou. O
apaixonado, sem dormir desde o início de 2011, aceita qualquer coisa, com
técnico, sem técnico, quer três pontos. Os que devem ter dormido mal, choraram
a vitória, foram os seca pimenteira.
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