domingo, 5 de agosto de 2012

MALDITA PARCIMÔNIA


Estava vendo o jogo e pensando na fala do presidente Petraglia em entrevista à rádio Piratininga, transmitida para o vale do Paraíba e para o mundo: “desaprendemos a jogar na segunda divisão”.

Fiquei pensando se tínhamos aprendido, se jogar na segunda divisão era aquilo visto em campo, um desajuste de dar dó, Manoel de lançador, os cheirosos meias do seu Jorginho sem pegar na bola, tomar gol de linha de passe, de cabeça.

O gol sofrido explica a derrota. João Paulo era o melhor do jogo, marcava, distribuía, deu passe para Marcão definir frente ao goleiro, era o mais consciente do time. Rebote na área rubro-negra, a bola sobra para o volante, livre, e ele esquece o futebol bem jogado, dá uma varada, fura, a bola vai para o escanteio fatal. Moral da história: um momento de namoro com o horror da segunda divisão e você casa com ela.

Fim da história: Jorginho falou, falou, falou, perdeu, perdeu, perdeu, foi embora. O Atlético continua em busca de um salvador. Vejo a saída do treinador como mais um óbice para a nossa difícil caminhada, mas não se pode advogar em sua causa. Seu principal defeito foi a incoerência.

O que afirmava na quarta, contrariava no sábado. O jovem não ia resolver, lá estava escalado. O recém-chegado estava fora de ritmo, olha ele em campo. O que tinha que ser gradual, virou atropelo. Foi-se o Napoleão do Caju.

E agora, o que fazer com todos os cheirosos por ele chamados, escalados, detonados e abandonados?

Onde encontrar alguém com o conhecimento de que a defesa do Atlético sofre cinco ataques por partida e um acaba nas redes?

Onde achar alguém que conheça o elenco de Ligüera a Elias, passando pela dezena de recém-chegados, tenha ideia mínima das capacidades de cada um, possa armar time que saiba trocar passes de dez metros?

Onde localizar alguém que não compactue com essa ideia absurda de time para segunda divisão, que goste de futebol bem jogado, com jogadores próximos, criando situações de ataque coletivamente, sem o absurdo individualismo e correria que estão nos matando?

Onde topar com alguém especialista em ataque, nossa única solução, mas que saiba ajeitar defesa em pandarecos?

A diretoria deve estar correndo atrás desse ente mitológico. Quem? Não sei, na minha relação até o meu nome entrou, a esposa concorda, desde que eu deixe a faxina feita. Os nomes são muitos. Só não me venham com economias, a origem de toda esta desgraça está na maldita parcimônia.

Um comentário:

  1. Bom domingo amigo Ivan,
    Nada a acrescentar, infelizmente essa é a fotografia "fedida" que o nosso time se encontra. O homem que veio para nos deixar cheirosos utilizou perfumes da famosa grife "Gambá" e estamos ounde chegamos...10º.

    Abraços RN

    Valdir Miguel de Souza

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