Estava vendo o jogo e pensando na fala
do presidente Petraglia em entrevista à rádio Piratininga, transmitida para o
vale do Paraíba e para o mundo: “desaprendemos a jogar na segunda divisão”.
Fiquei pensando se tínhamos aprendido,
se jogar na segunda divisão era aquilo visto em campo, um desajuste de dar dó,
Manoel de lançador, os cheirosos meias do seu Jorginho sem pegar na bola, tomar
gol de linha de passe, de cabeça.
O gol sofrido explica a derrota. João
Paulo era o melhor do jogo, marcava, distribuía, deu passe para Marcão definir
frente ao goleiro, era o mais consciente do time. Rebote na área rubro-negra, a
bola sobra para o volante, livre, e ele esquece o futebol bem jogado, dá uma
varada, fura, a bola vai para o escanteio fatal. Moral da história: um momento
de namoro com o horror da segunda divisão e você casa com ela.
Fim da história: Jorginho falou,
falou, falou, perdeu, perdeu, perdeu, foi embora. O Atlético continua em busca
de um salvador. Vejo a saída do treinador como mais um óbice para a nossa
difícil caminhada, mas não se pode advogar em sua causa. Seu principal defeito
foi a incoerência.
O que afirmava na quarta, contrariava
no sábado. O jovem não ia resolver, lá estava escalado. O recém-chegado estava
fora de ritmo, olha ele em campo. O que tinha que ser gradual, virou atropelo.
Foi-se o Napoleão do Caju.
E agora, o que fazer com todos os
cheirosos por ele chamados, escalados, detonados e abandonados?
Onde encontrar alguém com o
conhecimento de que a defesa do Atlético sofre cinco ataques por partida e um
acaba nas redes?
Onde achar alguém que conheça o elenco
de Ligüera a Elias, passando pela dezena de recém-chegados, tenha ideia mínima
das capacidades de cada um, possa armar time que saiba trocar passes de dez
metros?
Onde localizar alguém que não
compactue com essa ideia absurda de time para segunda divisão, que goste de
futebol bem jogado, com jogadores próximos, criando situações de ataque
coletivamente, sem o absurdo individualismo e correria que estão nos matando?
Onde topar com alguém especialista em
ataque, nossa única solução, mas que saiba ajeitar defesa em pandarecos?
A diretoria deve estar correndo atrás
desse ente mitológico. Quem? Não sei, na minha relação até o meu nome entrou, a
esposa concorda, desde que eu deixe a faxina feita. Os nomes são muitos. Só não
me venham com economias, a origem de toda esta desgraça está na maldita
parcimônia.
Bom domingo amigo Ivan,
ResponderExcluirNada a acrescentar, infelizmente essa é a fotografia "fedida" que o nosso time se encontra. O homem que veio para nos deixar cheirosos utilizou perfumes da famosa grife "Gambá" e estamos ounde chegamos...10º.
Abraços RN
Valdir Miguel de Souza