segunda-feira, 13 de agosto de 2012

RITMO DE GALOPEIRA


Estou jogado na poltrona, ainda emocionado com a posição de sentido com que a nossa pentatleta medalhista de bronze reverenciou o elevar do pavilhão nacional, quando os gols do Fantástico mostram as viradas de Corinthians e Grêmio. Os pais da casa estão felizes.

O coxa perdeu, daí o motivo da minha felicidade. Grêmio e Corinthians venceram, os pais dos meus netos queridos encerraram seus dias em êxtase. Os meninos merecem. Meu pai, meu herói, deve estar com aquele seu sorriso de olhos miúdos, feliz por me ver feliz com a tropa toda.

No meio dos gols, lá está Bruno Mineiro, marcando de cabeça. Esse é um dos motivos porque acho o troca-troca de técnicos promovido pelo Atlético algo de um amadorismo sem limites. O sábio da hora faz um treino e elimina logo uns cinco, sua visão experiente descobre dois craques jamais pensados, pede jogadores, tem que qualificar.

E lá se vai o Bruno, Ligüera e Edigar Junior tentam mostrar serviço, de nada adianta, caem no ostracismo, no final do mês passam no caixa para receber a justa paga. É um desperdício de talento e recursos absurdo, sem contar os recém-chegados, craques a serem olvidados pelo próximo gênio da fila em andamento.

Desde a demissão de Ney Franco, com vitória, e sobre os coxas, o Atlético vive esta roda viva de treinadores. Fora as campanhas de socorro promovidas por Antônio Lopes e Geninho, também demitidos após o mequetrefe Paranaense, o único a durar foi Carpegiani. Nomes de todos os tipos, cidadãos de todos os quadrantes do país passaram pelo Caju, trazendo suas soluções e craques. E o time no buraco, agora, na semiescuridão do buraco.

Se o amigo perguntar se estou satisfeito com a dupla Nhô Drub e Zé Alberto direi que claro que não. Gostaria de um técnico vencedor, alguém com currículo, mas esse, tenho certeza, nem pensar. Então é torcer pela dupla de plantão e aconselhar.

O desafio para o Atlético tornou-se ganhar em Paranaguá. O time ataca, avança e sofre o gol definitivo. A imprensa faz festa com o rendimento da nossa defesa, uma das menos vazadas. O problema é um só, se você não faz gol, um que leve é suficiente. Cuidado com a defesa.

O desafio para o treinador rubro-negro é ficar de boca fechada. A imprensa cutucou, faz de propósito, Don Juan reclamou a falta de Guerrón e caiu. Jorginho foi insistentemente cutucado sobre o tema Paranaguá, frisou a dificuldade, repetiu o discurso, e caiu. Cuidado com a boca.

A resposta evasiva de Alberto ao final do último jogo mostra que o plantonista conhece o patrão. Meio caminho andado. Ganhar do Asa é perfeitamente possível. As perspectivas são boas. Até o Paulo Baier largou o chinelo. Jogar sem torcida, o elementar obstáculo. Mesmo assim, acho factível. Salvo algum desastre, até o final da semana, vamos em ritmo de galopeira.

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