segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CHORA COXARADA


Estou na fila para o portão 1, os atleticanos gastando as camisas e, à minha frente, um sete e um dez conversam sobre a matéria do jornal distribuído gratuitamente antes do jogo com o CRB, onde se colocam as posições contra a Arena de três candidatos a prefeito desta nossa linda cidade.

O sete, com a falta de esses digna de presidente de sindicato, tenta demonstrar que dinheiros públicos estão envolvidos na construção da magnífica obra. O dez remancha, discorda, cria argumentos poderosos, chego ao porteiro eletrônico e perco o final do embate entre os dois togados em vermelho e preto.

A discussão é prosaica e bizantina, mais fácil seria definir o sexo dos anjos. Levássemos o tema ao Supremo e veríamos o Lewandosky esmiuçar o problema em grano salis, o Marco Aurélio falar em tramoia, outro diria que “até as pedras sabem” não serem dinheiros públicos os colocados no erguimento do santuário rubro-negro. Ao final de horas de deliberação insana, a coluna do meio daria a vitória ao Atlético do meu coração. Chora coxarada.

Pipocam na mídia nativa os ataques à obra, individualidades jogam seus protestos nas redes sociais, donos da verdade, como o torcedor que acusa erro de arbitragem contra o “glorioso” frente ao Santos, melhor dizendo, frente ao Neymar. Não ganha do Neymar e quer culpar sua senhoria. Chora coxarada.

A Revista Veja desta semana, na coluna Radar, mostra a pretensão do ex-presidente Lula em reunir presidentes do BB, do BNDES e Corinthians para definir as garantias financeiras para a construção do Itaquerão, ainda hoje incertas. É bom colocar representante da PF nessa mesa-redonda.

Se a Arena mosqueteira, com padrinho da estatura do seu Lula, ainda não teve as garantias financeiras definidas pelo BNDES, garantias já estabelecidas para o Joaquim Américo, nada mais se tem a falar sobre o assunto, é letra morta, sem direito a recurso.

O choro midiático paranaense vem de um grupelho coxa morto de inveja, inconformado com progresso do Atlético, carro chefe de incontáveis benfeitorias para a cidade, geradoras de enormes benefícios para a grande massa de atleticanos, coritibanos e paranistas a sofrer diariamente com os problemas de infraestrutura da Grande Curitiba.

O que a coxarada com espaço na mídia faz é exercer o “ius calcitrando”, ou seja, o mais legítimo direito de espernear. Deixa espernear. Se fosse gente realmente preocupada com o povo curitibano, com os tais dinheiros públicos, até dedicaria algum tempo à leitura. Como sei não ser esse o objetivo, só me resta repetir: chora coxarada.

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