Estou na fila para o portão 1, os
atleticanos gastando as camisas e, à minha frente, um sete e um dez conversam
sobre a matéria do jornal distribuído gratuitamente antes do jogo com o CRB,
onde se colocam as posições contra a Arena de três candidatos a prefeito desta
nossa linda cidade.
O sete, com a falta de esses digna de
presidente de sindicato, tenta demonstrar que dinheiros públicos estão envolvidos
na construção da magnífica obra. O dez remancha, discorda, cria argumentos
poderosos, chego ao porteiro eletrônico e perco o final do embate entre os dois
togados em vermelho e preto.
A discussão é prosaica e bizantina,
mais fácil seria definir o sexo dos anjos. Levássemos o tema ao Supremo e
veríamos o Lewandosky esmiuçar o problema em grano salis, o Marco Aurélio falar em tramoia, outro diria que “até
as pedras sabem” não serem dinheiros públicos os colocados no erguimento do santuário
rubro-negro. Ao final de horas de deliberação insana, a coluna do meio daria a
vitória ao Atlético do meu coração. Chora coxarada.
Pipocam na mídia nativa os ataques à
obra, individualidades jogam seus protestos nas redes sociais, donos da verdade,
como o torcedor que acusa erro de arbitragem contra o “glorioso” frente ao
Santos, melhor dizendo, frente ao Neymar. Não ganha do Neymar e quer culpar sua
senhoria. Chora coxarada.
A Revista Veja desta semana, na coluna
Radar, mostra a pretensão do ex-presidente Lula em reunir presidentes do BB, do
BNDES e Corinthians para definir as garantias financeiras para a construção do
Itaquerão, ainda hoje incertas. É bom colocar representante da PF nessa
mesa-redonda.
Se a Arena mosqueteira, com padrinho
da estatura do seu Lula, ainda não teve as garantias financeiras definidas pelo
BNDES, garantias já estabelecidas para o Joaquim Américo, nada mais se tem a
falar sobre o assunto, é letra morta, sem direito a recurso.
O choro midiático paranaense vem de um
grupelho coxa morto de inveja, inconformado com progresso do Atlético, carro chefe
de incontáveis benfeitorias para a cidade, geradoras de enormes benefícios para
a grande massa de atleticanos, coritibanos e paranistas a sofrer diariamente
com os problemas de infraestrutura da Grande Curitiba.
O que a coxarada com espaço na mídia
faz é exercer o “ius calcitrando”, ou
seja, o mais legítimo direito de espernear. Deixa espernear. Se fosse gente
realmente preocupada com o povo curitibano, com os tais dinheiros públicos, até
dedicaria algum tempo à leitura. Como sei não ser esse o objetivo, só me resta
repetir: chora coxarada.
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