terça-feira, 11 de setembro de 2012

O BOB ESPONJA SABE


Smart habilitado vou para a televisão, espero um descuido do neto vendo Ben 10 e troco para o canal onde encontro a tabela e a classificação do Brasileiro. Passo pelo vexame de trocar da série A para série B, e me deslumbro com o Furacão em quinto lugar, um pontinho atrás do Joinville, o time do técnico com bigode à Zapata, um sombrero enfiado na cabeça e pronto, faz figuração em filme mexicano sem necessitar retoques.

Aperto o botãozinho vermelho e entro na tabela.

Sou tentado a fazer previsões, alguns jogos são ótimos – ASA x Joinville, Vitória x Boa, América MG x São Caetano e Goiás x Criciúma –, todos os resultados de nosso interesse, e desisto no segundo parágrafo. Deleto tudo insatisfeito com minha incursão pela numerologia. Fosse bom no assunto, jogaria na esportiva, onde só cravei os treze pontos quando o Brasil inteiro acertou.

O Atlético já fez o mais difícil, chegou junto do G4, assusta o Joinville, que sofreu para ganhar do Avaí no fim de semana. A derrota deprimente do Criciúma para o América MG pode sinalizar para o tigre paraguaio do campeonato. Perdendo para o Goiás, corre o risco de virar gato de desenho animado, sofrer na mão de todas as ratazanas, dar trabalho ao coração do seu Angeloni. O São Cae estacionou e o Coelho mineiro parece ter recuperado o gás do início da competição. O resultado do jogo pode indicar tendências, gerar sequelas, alentar espíritos.

As considerações são inúmeras, o amigo pode escolher os resultados de sua preferência e torcer, difícil escolher os resultados que nos favoreceriam mais.

O que o amigo tem que fazer é comparecer ao compromisso de hoje no Ecoestádio. O quê? Não vai dar? Dê um jeito irmão.

Para firmar presença no G4, o Atlético tem que ganhar, mostrar força, colocar pressão nos adversários. Você é imprescindível. O horário é terrível, o expediente ainda está bombando, o chefe de olho nos funcionários, os funcionários de olho no chefe, bobeou, a repartição, a sala de aula, ficam vazias, coxas e pananistas assumem o serviço, respondem chamada para os rubro-negros em debandada.

Se não der para a população ativa, sobra prá nós, os véio, os aposentados, os estudantes matutinos, noturnos, os funcionários públicos dispensados por um milhão de motivos, os doentes com seus atestados médicos na mão, os avós e seus netos. Uma mistura capaz de botar fogo no Janguitão caldeirão.

Por falar em neto, consegui mudar do Ben 10 para o Bob Esponja. O menino que salva o mundo dos alienígenas usa uma horrível roupa verde, um péssimo exemplo. Contra maus exemplos, não vou incentivar ninguém a faltar aula, dar o golpe no expediente, mas que o amigo vai fazer falta, até o Bob Esponja sabe.

 

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