Existem jogos que indicam o destino da
equipe. O ano passado foi contra o Avaí. Ganhamos do Inter, melhoramos na
tabela, enfrentamos o Avaí no bagaço, era ganhar e criar ânimo. Perdemos de
três a zero. O caminho rumo à segundona estava aberto. A derrota para o
Bragantino tem a mesma avaliação, aponta para a permanência na série B.
Perder em Bragança foi a demonstração
da fragilidade Rubro-negra. O amigo vai dizer, “não achei o jogo tão ruim”,
“tivemos o controle da partida”, “a bola não entrou”, “demos azar”, e eu vou
replicar, tivemos domínio enganoso, sem finalizações preocupantes, o goleiro
bragantino não fez nenhum milagre, cruzamos dezenas de bolas sem colocar a
testa em nenhuma delas.
Esse é o cenário do Atlético há muitas
rodadas. O amigo que se surpreende com os muitos gols de Bruno Mineiro pela
Portuguesa não vê que lá ele recebe bolas, as assistências existem, é só
colocar para dentro. Aqui, o centroavante luta solitário.
Elias não acerta um passe vertical, os
cruzamentos são chutes para dentro da área, as bolas aéreas são um maná caído
dos céus para os defensores. Estou repetindo o que digo todos os dias, o amigo
já perdeu a paciência, desistiu de ler o que escrevo. Estou um saco.
Tirando 10 gols que o Atlético fez em
duas partidas, e considerando-se 25 jogos, nossa média de gols é de 1,28 por
partida. Um horror.
Nossa defesa, a menos vazada do
campeonato, de nada adianta com essa média de gols pró. Quando falha, para que
a falta de Botelho, alguém me classifique a furada de Manoel, é gol, nosso
goleiro não pega uma. Será que ninguém vê?
Nesse cenário desolador, temos como
comandante Nhô Drub, que acredita piamente no esquema gol zero. Marcelo morto
ficou em campo os noventa minutos. Entrou Taiberson para dar velocidade, justamente
o que não tem. Paulo Baier entra para ver se gol cai do céu. Gol não cai do céu.
Outro dia li entrevista em que Nhô
Drub falava que o Atlético só estaria jogando na sua plenitude daqui a seis
meses. De que planeta caiu esse senhor, a quem devo respeito. O Atlético
precisava ganhar hoje, de time com o pé na série C.
Com o bloqueio de Maranhão e Botelho,
o Atlético não tem jogo pelos lados do campo, alguém que saiba dar um drible,
entrar área, fazer assistência para o coitado do centroavante. O Atlético tem
jogadores no grupo com essa capacidade, mas estamos iludidos com o enganoso
crescimento na tabela, ganhando minimamente de times precários. Nhô Drub
empacou nas suas teorias, no seu parco conhecimento do elenco.
Meses atrás, recebi belo kit do
Atlético, camisa bonita, carta ao associado, onde se assegurava a volta à série
A. Em ano de eleição, em que tantas promessas foram feitas, outras tantas serão
quebradas já no dia oito, a promessa da diretoria aponta para o mesmo fuleiro e
triste caminho.
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