sábado, 29 de setembro de 2012

FULEIRO E TRISTE CAMINHO


Existem jogos que indicam o destino da equipe. O ano passado foi contra o Avaí. Ganhamos do Inter, melhoramos na tabela, enfrentamos o Avaí no bagaço, era ganhar e criar ânimo. Perdemos de três a zero. O caminho rumo à segundona estava aberto. A derrota para o Bragantino tem a mesma avaliação, aponta para a permanência na série B.

Perder em Bragança foi a demonstração da fragilidade Rubro-negra. O amigo vai dizer, “não achei o jogo tão ruim”, “tivemos o controle da partida”, “a bola não entrou”, “demos azar”, e eu vou replicar, tivemos domínio enganoso, sem finalizações preocupantes, o goleiro bragantino não fez nenhum milagre, cruzamos dezenas de bolas sem colocar a testa em nenhuma delas.

Esse é o cenário do Atlético há muitas rodadas. O amigo que se surpreende com os muitos gols de Bruno Mineiro pela Portuguesa não vê que lá ele recebe bolas, as assistências existem, é só colocar para dentro. Aqui, o centroavante luta solitário.

Elias não acerta um passe vertical, os cruzamentos são chutes para dentro da área, as bolas aéreas são um maná caído dos céus para os defensores. Estou repetindo o que digo todos os dias, o amigo já perdeu a paciência, desistiu de ler o que escrevo. Estou um saco.

Tirando 10 gols que o Atlético fez em duas partidas, e considerando-se 25 jogos, nossa média de gols é de 1,28 por partida. Um horror.

Nossa defesa, a menos vazada do campeonato, de nada adianta com essa média de gols pró. Quando falha, para que a falta de Botelho, alguém me classifique a furada de Manoel, é gol, nosso goleiro não pega uma. Será que ninguém vê?

Nesse cenário desolador, temos como comandante Nhô Drub, que acredita piamente no esquema gol zero. Marcelo morto ficou em campo os noventa minutos. Entrou Taiberson para dar velocidade, justamente o que não tem. Paulo Baier entra para ver se gol cai do céu.  Gol não cai do céu.

Outro dia li entrevista em que Nhô Drub falava que o Atlético só estaria jogando na sua plenitude daqui a seis meses. De que planeta caiu esse senhor, a quem devo respeito. O Atlético precisava ganhar hoje, de time com o pé na série C.

Com o bloqueio de Maranhão e Botelho, o Atlético não tem jogo pelos lados do campo, alguém que saiba dar um drible, entrar área, fazer assistência para o coitado do centroavante. O Atlético tem jogadores no grupo com essa capacidade, mas estamos iludidos com o enganoso crescimento na tabela, ganhando minimamente de times precários. Nhô Drub empacou nas suas teorias, no seu parco conhecimento do elenco.

Meses atrás, recebi belo kit do Atlético, camisa bonita, carta ao associado, onde se assegurava a volta à série A. Em ano de eleição, em que tantas promessas foram feitas, outras tantas serão quebradas já no dia oito, a promessa da diretoria aponta para o mesmo fuleiro e triste caminho.

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