quarta-feira, 3 de agosto de 2011

JOGAR COMO LEÃO

Depois do Peixe maravilha, o que nos espera botando fogo pelas ventas, empolgado com o empate com o Inter no Beira-Rio, é o Dragão do cerrado. Para resumir a forma de atuar da equipe goiana bastaria usar o conceito que o blogueiro do clube faz do treinador interino Jairo Araújo: “não inventa, faz o óbvio, deixa que os jogadores resolvam em campo”. É bom tomar cuidado. No futebol, a simplicidade é virtude maiúscula.
O time vem de bons resultados. Empatou com o São Paulo fora, ganhou do Cruzeiro em Goiânia e levou um ponto de Porto Alegre. Nada mal.
O jogo contra o Colorado foi praticamente uma cópia daquele em que o Atlético perdeu por um a zero, gol do menino Oscar, agora participando de uma dessas mil seleções brasileiras que competem mundo afora. Defendeu-se e teve a capacidade de não levar gol. Fechou o meio campo, explorou os contra-ataques e avançou timidamente os laterais, rápidos a alçar bolas sobre a área já da intermediária ofensiva.
Óbvio que o jogo no Serra Dourada será diferente.  O Dragão vai atacar, vai tentar ganhar os três pontos que lhe garantirão a tranquilidade para o trabalho futuro.
Como disse o blogueiro, a equipe realmente tem lá seu toque de simplicidade. Tem o ótimo goleiro Márcio fechando o gol, a primeira linha com Rafael Cruz, Gilson, Anderson e Thiago Feltri, a segunda com Pituca, Agenor, Bida e Vitor Júnior, e Anselmo e Felipe no ataque.
Com esse elenco, o time se defende com as duas primeiras linhas antes do meio campo, muito sólido na frente da área com Pituca e Agenor, e empregando Anselmo e Felipe no bloqueio da subida dos laterais. Essa será uma possibilidade apenas se o genérico goiano abrir diferença e desejar manter o placar.
O cenário mais provável indica um time pressionando a saída de bola, com forte atuação dos dois laterais, a chegada na frente de Bida e Vitor Júnior, e a atuação centralizada de Felipe e Anselmo. Anselmo pode voltar para buscar a bola, fazer o pivô aéreo nos tiros de meta, e finalizar de fora. Felipe, mais fixo, pode cair pela esquerda para entrar na diagonal da área. Entrando nas costas dos zagueiros, é o objetivo de todos os lançamentos de Rafael Cruz.
Anselmo é o artilheiro com quatro gols e Bida é o principal finalizador. Para quem não lembra, Felipe estava no Goiás, é centroavante raçudo, fez dois contra o Cruzeiro e colocou Marcão no banco. Abriu espaço, manda bombas de fora da área. Bida está voltando de contusão e Vitor Júnior é lateral esquerdo fazendo papel de armador pelos dois lados do campo.
Os principais assistentes são Rafael Cruz e Thiago Feltri, confirmando o esforço pelas laterais. É interessante observar a maior participação de Feltri e a tendência a cair na diagonal da área, observada na atuação dos dois jogadores, o que centraliza as ações ofensivas, facilitando a marcação.
O que o Atlético tem que fazer?
Manter a posse de bola e forçar pelos lados do campo, aproveitando-se da subida dos laterais. O caminho do gol é a posição de Thiago Feltri. Ele, Agenor, o volante pelo setor, e o quarto zagueiro Anderson estão pendurados com cartão amarelos, podendo ter uma atuação menos faltosa e facilitadora para os nossos atacantes. É bloquear Rafael Cruz, dar espaço para Feltri e jogar nas costas do lateral. Algo que o Atlético fez com sucesso contra o Santos.
O time tem uma pequena vulnerabilidade nas faltas laterais, quando a bola é lançada alta, atrás da linha de zagueiros e atacantes. Tem que explorar.
O mais importante será entrar com a disposição com que iniciou a partida último domingo. Ainda me lembro do começo decepcionante contra o Figueirense. Hoje, o Atlético precisa dos três pontos jogando contra o Real Madri em Madri. Para vencer o Dragão, tem que se agarrar com São Jorge e jogar como leão.

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