quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ONZE DIDIS

O Atlético enfrenta hoje o Urubu com o objetivo de vencer bem e passar para a próxima fase da Sul-Americana. Quem vai vestir as camisas? Não interessa. A meta é a mesma, os jogadores irão se empenhar para alcançá-la, os nomes pouco importam. Serão atleticanos, a torcida enfrentará o frio horrível e estará lá para apoiá-los.
Quanto ao jogo de sábado, é hora de nós torcedores entendermos o novo patamar em que nos encontramos. Embora exista toda uma movimentação para o jogo com o Coritiba, os estresses já pipocando nos sites e principais informativos, a escalação do Heber acirrando os ânimos, os verdadeiros e principais rivais do Atlético não se encontram mais dentro dos limites municipais, estão longe, tão longe quanto o Flamengo que hoje nos visita.
Flamengo, São Paulo, Grêmio, Vasco e Cruzeiro, o amigo poderá alinhar outros, são os novos rivais do Rubro-Negro, os clássicos em que estamos envolvidos na atualidade. São jogos importantes em que o futebol fala mais que a arbitragem e a estatística revela grande equilíbrio.
Pelo Brasileiro faz algum tempo não enfrentamos o alviverde. Onde andava essa gente?
No Paranaense, planejamentos perversos têm nos levado a jogar contra o Coritiba sempre na obrigação de vencer. Então, ingenuamente, criamos um monstro como adversário, entramos para matar ou morrer e, quase sempre, morremos ainda no primeiro tempo, ao levar três gols em poucos minutos, ou ter jogador expulso ainda na primeira etapa.
Somos vítimas de nós mesmos, entregamos em trinta, jogos a serem definidos em noventa minutos, com as cautelas e ousadias de uma partida comum. Por que não cometemos os mesmos e bárbaros enganos contra os principais times nacionais, jogando em São, no Rio, em Porto Alegre? Simplesmente porque vamos a campo com os espíritos desarmados, para jogar futebol, conhecendo os oponentes, usando nossas armas e tentando anular as contrárias.
Perder uma partida é resultado a lamentar, mas absolutamente natural, está nas regras do esporte. Perder-se tática e disciplinarmente é inadmissível, entregar o jogo a grupo de qualificação equivalente ou inferior é imperdoável.
Renato tem que colocar a equipe de quarentena, as entrevistas têm que exaltar a grande fase do adversário, mesmo que ela não exista, lembrar que mesmo com ausências o coxa tem um grande elenco.  Fechada a boca grande, treinar para jogar futebol, com a cabeça focada na bola, no acerto de passes que dá tranquilidade, no coletivo que corrige deficiências, as falhas renitentes em nos tirar pontos preciosos.
Além disso, os jogadores devem mentalizar um rendimento superior, que ultrapasse marcações duras, caracterize suas participações com força, criatividade e precisão de elevado nível. Por óbvio, grandes atuações individuais podem decidir qualquer partida.
Quando menino li na revista O Cruzeiro frase do príncipe etíope, o Didi, que guardei no canto boleiro do meu cérebro. Dizia o inventor da folha seca: “vitórias pedem concentração para que não se perca com a cabeça, aquilo que os pés podem construir”. É o que eu espero do Atlético nesta semana em que jogaremos apenas mais um jogo importante fora de casa: concentração. Um Rubro-Negro de onze Didis.

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