segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A BATALHA DO CAMPANELA


Assisti o 2 a 2 entre São Caetano e Barueri, vi nosso rival direto fazer péssima partida e me animei todo, ainda mais após o 2 a 0 em Salvador. O empate no meio da semana contra o bugre me colocou de farol baixo, voltei à luz alta com o igual resultado do time santificado no final da noite.

Leão caiu, a crise se instalou, só faltava o São Caê comprovar a tese do técnico novo e aprontar contra os baianos. Liguei a TV e estava lá na arte, Vitória 0 x São Caetano 1. Arrego. Volta o Atlético ao quinto lugar, à obrigação de ganhar.

Desconhecia o Guaratinguetá. Saído da zona do rebaixamento, ganhou moral, iria dar trabalho, às duas da tarde, no revezamento climático vivido pela cidade sorriso, dia de fazer sol, muito sol.

O calor assanhou as garças no começo do jogo. Aos 13 minutos Weverton tinha feito 4 defesas, aos 14 Marcão perdeu gol feito. Não faça isso Marcão.

O Guaratinguetá parou, o Atlético fugiu dos cruzamentos laterais, passou a entrar na área com Maranhão, Botelho, João Paulo, Marcelo, as finalizações frontais aconteceram com João Paulo e Elias, o gol sai não sai, difícil de sair. Aos 37, Marcelo cruzou da lateral e Elias cabeceou livre, no canto, um encanto. Gol para acalmar, ir para o vestiário ouvir o professor.

O jogo recomeçou e eu quero logo o segundo gol. Quero descansar, ultrapassar logo o São Caetano. Ricardo I, o coração de leão inglês, enfartaria com três peladas do Rubro-negro. Aos 9, Marcelo carimbou a trave. Aos 11, Maranhão e Elias incomodaram pela direita, o gol maracujá não sai.

Ali pelos 20, as garças voltaram ao ataque. Aos 26, o lance AVC. Renato Peixe recebeu livre, no Ecoestádio, ambiente mais que propício para o vertebrado aquático fazer a festa, Weverton salvou. A jogada é a de sempre, o atacante no meio dos zagueiros recebe o passe de um pivô livre. Dai-me forças para aguentar o que não posso mudar. Aos 31, o Guará chegou ao ápice ofensivo com 2 boas chances pela direita. Já estou de olhos fechados há dez minutos.

Baier substituiu Elias. O jogo acomodou, nada de muito importante, mas já dá para abrir um olho. Aos 37, Marcão passou a Marcelo livre, vai sair, bola na quiçaça. Tem sorte. No meu tempo de menino quem chutava na quiçaça tinha que ir buscar, voltava do mato riscado pelo espinheiro brabo.

Aos 42, Felipe recebeu de Marcelo, bola na trave, daí para os pés do iluminado Baier. Enfim, o gol maracujá. A segunda dose do calmante veio dois minutos depois. A roubada de bola por João Paulo, a assistência para Marcão fechar a conta. Marcão merece. Corre, rouba bola, assiste, tenta marcar a saída de bola de toda uma defesa, perde gol, merece pela luta incansável.

Temos uma semana para comemorar, descansar, conversar sobre o futuro do Atlético. Sábado a sorte será lançada, na mais terrível das batalhas, a batalha do Campanela.

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